Preços da soja e do milho voltam a subir

O mês de agosto começou com ligeira recuperação do preço da soja e do milho. O indicador do milho Esalq/BM&FBovespa avançou 3,7%, resultando em uma média de 59 reais e 31 centavos. Para a soja, o indicador Cepea/Esalq - Paraná subiu meio por cento (0,5%), ficando em 138 reais e 77 centavos, até o dia 5 deste mês.

Entre os principais motivos para esse cenário estão a valorização cambial, com o dólar cotado a 5 reais e 76 centavos, o que estimula as exportações, além de uma retração dos produtores para negociar grandes volumes, com expectativas de maiores altas.

Boa parte dos agricultores está capitalizada e prefere aguardar oportunidades de comercialização que possam surgir no segundo semestre, mirando na expectativa de demanda externa aquecida e na volatilidade do câmbio em função das eleições nos Estados Unidos.

Além disso, é preciso ficar de olho também no ritmo de comercialização, que no caso do milho está atrasado. Somente 35% da safra brasileira do cereal já foi vendida, em relação à média de 45% para o mesmo período na média das últimas cinco temporadas.

Como anda o mercado de grãos

A soja tem a menor queda por conta da oferta elevada da temporada 2023/2024 e grandes volumes esperados para a safra 2024/2025 do Hemisfério Norte. No entanto, o efeito do câmbio aumentou os prêmios da oleaginosa, gerando uma leve volatilidade positiva nos contratos futuros.

No milho, a produtividade das lavouras foi afetada pela falta de chuvas em algumas regiões de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

O câmbio também influencia positivamente o preço doméstico do cereal, mesmo com a colheita da segunda safra brasileira a todo vapor, chegando a 91,3% do total, segundo a Conab. Além disso, é preciso se atentar às safras da América do Sul e Estados Unidos.

"O preço da soja e do milho foram privilegiados com a excessiva desvalorização do real. Como tem muito grão vindo aí, o momento está favorável para o produtor construir uma posição aproveitando esse momento do câmbio", observa o professor Marcos Fava Neves.

Giro de notícias

As entregas de fertilizantes no Brasil caíram 1,8% de janeiro a maio, devido a queda dos preços dos grãos e problemas logísticos. O receio diante de maiores problemas levaram produtores a anteciparem as compras.

A colheita de café da safra 2024/2025 atingiu 87% da área até o fim de julho. A maturação mais rápida e o tempo seco reduziram a estimativa de produção para 65,9 milhões de sacas, uma queda de 1,7% em relação à previsão anterior.

As exportações de frutas brasileiras aumentaram 5% em receita no primeiro semestre de 2024, alcançando 510 milhões de reais, mesmo com a queda de 8% em volume por conta do clima. A previsão é de que as vendas aumentem na segunda metade do ano.

Bayer na Andav

A Bayer esteve presente no Congresso Andav 2024 com um estande que mostrou todas as soluções Bayer que contribuem para o manejo dos produtores rurais.

O evento contou com a participação de distribuidores de todo o Brasil e discutiu o protagonismo do agronegócio brasileiro na segurança alimentar mundial.