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Novas estimativas do USDA para a safra global

Confira os números projetados para as principais commodities agrícolas e outros destaques do setor18 de outubro de 2024 /// 7 minutos de leitura

O último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) trouxe novas projeções para a safra global da temporada 2024/2025. As poucas alterações para a soja e o milho não foram suficientes para movimentar o mercado após a divulgação dos resultados.

A produção global de milho foi ligeiramente ajustada para baixo: agora em 1 bilhão e 217 milhões de toneladas. Enquanto isso, o consumo subiu para 1 bilhão e 223 milhões de toneladas. Contudo, nos Estados Unidos, a produção aumentou para 386,2 milhões de toneladas, com exportações e estoques finais acima das expectativas do mercado. Já no Brasil, as previsões foram mantidas em 127 milhões, com pequena alta no consumo doméstico.

O USDA também reduziu a previsão para a safra global de soja, agora estimada em 428,9 milhões de toneladas. Com isso, os estoques globais subiram para 134,6 milhões de toneladas. A colheita da soja nos Estados Unidos foi reduzida para 124,7 milhões de toneladas, com exportações e estoques inalterados.

A previsão para a produção brasileira segue inalterada, em 169 milhões de toneladas.


Quebra na safra americana de laranja e algodão

Os maiores destaques do relatório do USDA ficaram com o algodão e a laranja.

O órgão norte-americano reduziu a colheita da pluma nos Estados Unidos, agora em 3,1 milhões de toneladas, impactada por danos do furacão Helene, especialmente na Geórgia e na Carolina do Norte.

No Brasil, a produção foi estimada em 3,7 milhões de toneladas. O algodão brasileiro deve ser o mais requisitado do mundo.
Para a laranja, o USDA estima que a produção na Flórida vai cair 16% na safra 2024/2025, para 15 milhões de caixas, isso sem contabilizar os danos dos recentes furacões que atingiram o país.

A produção total dos Estados Unidos foi projetada em 2,6 milhões de toneladas, uma queda de 5% em relação à temporada passada, mas principalmente por causa do impacto do greening.

"Esse relatório trouxe prejuízo para a safra de laranja, além de impactos dos efeitos climáticos sobre a produção de algodão nos Estados Unidos. No entanto, isso é fator positivo para a pluma brasileira. No caso dos grãos, houve poucas interferências nos mercados, mas não deixam de ser sinais importantes para o que vem pela frente" comenta o professor Marcos Fava Neves sobre as novas estimativas para o agro mundial.


Giro de notícias

A primeira projeção da Conab para a safra de grãos 2024/2025 aponta para um recorde: 322,5 milhões de toneladas, mais de 8% acima da temporada 23/24. O crescimento vem de uma área cultivada quase 2% maior e de uma produtividade média 6% superior.

As exportações agropecuárias brasileiras atingiram recorde de 14 bilhões de dólares em setembro, uma alta de 3,6% em relação a 2023. Os principais setores foram soja, carnes, sucroalcooleiro, produtos florestais, cereais e café.

A colheita de trigo na região Sul pressiona os preços para baixo. Enquanto os vendedores flexibilizam para liquidar estoques do ano passado, os compradores esperam maior oferta da nova safra.

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