Confira os grandes números projetados para a safra 2023/24

A safra 2023/24 está começando e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou as novas perspectivas para a produção de grãos do Brasil. Serão 319,5 milhões de toneladas, o que representa uma pequena retração de 1% frente ao registrado na safra anterior.

Este cenário pode ser explicado por conta da produção recorde alcançada na última temporada, com resultados acima do previsto pelo mercado. Além disso, há os possíveis impactos do clima e do fenômeno El Niño nas lavouras brasileiras.

Confira o total estimado para a safra 2023/24, por cultura: 1. 162,4 milhões de toneladas dessa produção serão de soja, com alta de 5,1% de aumento. Essa vai ser uma das poucas culturas que deve incrementar a produção nacional.

2. No milho serão quase 119,8 milhões de toneladas, com queda de 9,1%. Deste resultado, praticamente 91 milhões de toneladas serão provenientes da segunda safra, representando 76% do volume do cereal. 3. Para o algodão em pluma estão previstas 2,9 milhões de toneladas, ou 5,6% menor do que o observado em 2022/23.

Olhando para a área cultivada, os produtores rurais devem plantar 78,9 milhões de hectares, 0,5% acima do registrado na safra passada, com estimativa 45,3 milhões de hectares para a soja, mais de 21 milhões de hectares para o milho e 1,7 milhão de hectares para o algodão.

Estimativas para a produção pecuária

Na pecuária, a carne de frango deve continuar liderando, com produção estimada em 16 milhões de toneladas e crescimento de quase 4%. Já a produção de carne bovina deve ficar praticamente estabilizada em 9,2 milhões.

Por fim, a carne suína pode atingir 5,6 milhões de toneladas, o maior crescimento entre as proteínas, com aumento de 4%. A especialista em agronegócio, Roberta Paffaro, conta que os Estados Unidos já colheram 46% do milho, 17% da soja e 3% de algodão produzidos nesta safra de grãos. A qualidade das culturas está em torno de 75% entre boa e ótima.

Em breve, será divulgado o relatório do USDA sobre a safra e ela alerta que os produtores devem ficar atentos, já que poderá movimentar as cotações em Chicago. Sobre o Brasil, Roberta diz que a expectativa é de safra cheia para 2024. A demanda segue alta, por outro lado, a oferta também será maior. “Então, produtor, não devemos contar com soja acima dos 14 dólares o bushel. Sobre o milho, o mercado interno deve direcionar os preços, com maior demanda por ração e produção de etanol. A rentabilidade pode estar nos reais que você conseguir economizar com o planejamento financeiro, já que os custos de insumos e fertilizantes estão mais estáveis.”

Novidades no combate à podridão das vagens

Foi aprovado o novo registro de Fox® Xpro e Fox® Supra para combater a podridão das vagens e grãos, também conhecida como “anomalia das vagens”. A família Fox combate ainda o quebramento das hastes na cultura da soja. Isso prova que o programa de manejo de fungicidas da Bayer é um dos mais eficientes do mercado, tanto que o programa foi nota ‘A’ em ensaios realizados pela Embrapa na safra 2022/23, a fim de testar a eficiência de diversos fungicidas contra as doenças mais importantes na soja.

Giro de notícias

O Ipea estimou novamente o crescimento do PIB do Agro de 13,2% para 15,5%. O bom desempenho das principais culturas e da produção de bovinos e aves contribuíram para este resultado. Segundo o instituto, o cenário deve ser de estabilidade para 2024.

As exportações brasileiras de milho podem alcançar um volume médio de 10 milhões de toneladas em setembro. O valor é 50,7% maior do que os 6,8 milhões embarcados no mesmo mês de 2022. A produtividade média da cana-de-açúcar cresceu 23% em agosto. A média na região centro-sul do Brasil foi de 90,5 toneladas por hectare, contra 73,5 registradas no ciclo anterior.

Agenda da semana

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E para a próxima semana, o Doutor Agro traz os pontos que os produtores devem acompanhar:

• Andamento da colheita nos Estados Unidos

• Plantio no Brasil

• Situação da cana e perspectivas de aumento no ATR

• Câmbio

• Votação do Marco temporal