Café: como controlar o bicho-mineiro
Essa praga pode causar perdas de até 70% na produção de café. Saiba como controlá-la para evitar esse prejuízoO bicho-mineiro (Leucoptera coffeella) é um dos principais desafios enfrentados pelos cafeicultores por conta dos prejuízos que pode causar na produtividade.
Quando a larva do inseto se alimenta das folhas do pé de café, ela causa necrose, o que reduz a capacidade da planta de realizar fotossíntese.
Em infestações graves podem levar a um alto nível de desfolha, afetando tanto a produção da safra atual como de safras futuras.
Isso acontece porque as larvas penetram no tecido foliar da planta e criam galerias ou minas no mesófilo, que é a camada interna das folhas, o que explica a origem de seu nome: bicho-mineiro.
Além disso, é importante se atentar para quedas nas folhas no terço médio e superior da planta, bem como folhas com lesões de cor marrom e com teias. Se observar esses sintomas, a praga pode estar atacando a sua lavoura.
Condições que favorecem o ataque
Fique atento às condições que podem favorecer o ataque do bicho-mineiro, como:
- Regiões quentes e secas ou períodos de estiagem durante o ano;
- Lavouras novas com maior espaçamento, favorecendo a insolação da lavoura e a maior circulação de vento;
- Uso intenso de insecticidas cúpricos;
- Adubações excessivas com nitrogênio;
- Topo de morros;
- Ausência de matas próximas à lavoura, dentre outros fatores.
Importância do monitoramento das lavouras
O monitoramento do bicho-mineiro deve ser feito por meio da inspeção regular das folhas para identificar ovos, mariposas e lesões nas folhas.
A utilização de armadilhas de feromônio também pode ajudar a capturar os machos e fornecer um indicador da população adulta.
“O nível da infestação vai depender da região, variedade e época do ano. Em determinadas épocas, a presença de mariposas é um fator decisivo para iniciar o controle da praga”, alerta Luiz Donizette, engenheiro agrônomo e consultor.
Estratégias de manejo contra essa praga
Para o manejo integrado do bicho-mineiro, o produtor pode adotar uma série de estratégias. Confira as principais:
Controle genético Embora limitado, o melhoramento genético está avançando para desenvolver cultivares que ofereçam maior resistência ou tolerância ao bicho-mineiro, o que pode ser uma ferramenta importante no longo prazo.
Controle cultural: Pode ser feito com plantas mais adensadas, que dificultam o desenvolvimento e a multiplicação da praga.
O plantio de cerca viva ou quebra-vento também é interessante para conter as correntes de ar que transportam os insetos adultos até outras lavouras.
Controle comportamental: Também pode ser usado para controlar a praga por meio de armadilhas de feromônio sexual, que servem para o monitoramento populacional e como auxílio na hora da tomada de decisão.
Controle biológico: Por meio da introdução de inimigos naturais, que ajudam a manter a praga em níveis baixos, como parasitóides e fungos entomopatogênicos.
Controle químico: Realizar aplicações a partir do momento em que identificar 20% de folhas com minas ativas. Em cafezais novos, as aplicações devem começar a partir da ocorrência das primeiras minas. É importante rotacionar os princípios ativos, evitando a seleção de insetos resistentes.
“Em algumas épocas do ano, o controle deve começar de forma precoce, principalmente entre março e abril, quando as chuvas cessam e há maior pressão de pragas e doenças", comenta o engenheiro agrônomo.
Sivanto Prime: a solução contra o bicho-mineiro
Sivanto® Prime é a solução contra essa praga que ameaça o cafezal. Com alta flexibilidade de aplicação, o produto pode ser usado tanto via foliar como via solo.
“Sivanto® Prime é um produto de contato e ingestão, além de ser sistêmico e ter ação translaminar, o que promove uma distribuição mais rápida do ativo, atingindo até os alvos mais protegidos”, destaca Márcio Raminelli, representante de vendas da Bayer.
Sivanto® Prime é seletivo, portanto, não afeta os inimigos naturais das pragas nem os polinizadores. Isso porque sua molécula de formulação diferenciada conta com ação emulsificante e rápida penetração da planta.
“Sem dúvida, ele deve compor o manejo do bicho-mineiro por ser muito eficiente e seletivo aos inimigos naturais. Além disso, trata-se de uma molécula nova, de um grupo químico inédito, ou seja, a praga ainda não tem resistência ao ativo. Por fim, Sivanto® Prime é pouco agressivo ao meio ambiente e extremamente seguro ao aplicador", reforça Raminelli.
Para comprovar a eficiência do inseticida, a Bayer fez um monitoramento, via software, de 48 áreas cafeeiras em um total de aproximadamente 48 mil hectares, em regiões do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Mogiana e Alto Paulista. Neste estudo, Sivanto® Prime demonstrou quase 100% de redução das lagartas vivas nas lavouras.