Safra de laranja: confira as previsões do novo relatório global

Dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontam as novas perspectivas globais para a citricultura.

De acordo com o estudo, a expectativa de produção mundial de laranja em 2022/23 está em 47,6 milhões de toneladas (ou 1,2 bilhão de caixas), o que representa uma queda de 5% no comparativo com a safra de 21/22.

Um dos principais fatores que justifica essa baixa é a queda nos volumes a serem produzidos nos Estados Unidos, resultado de eventos climáticos no país, como a passagem do furacão Ian.

Na nova previsão, os Estados Unidos devem entregar 60 milhões de caixas de laranja de 40,8 kg, resultado bem abaixo das 77 milhões de caixas produzidas pelo país no ciclo passado.

Para o Brasil, o USDA prevê uma safra total de 405 milhões de caixas, cerca de 10 milhões de caixas a menos no comparativo com o ciclo passado, ou uma redução de 2%.

Produção e estoque de suco de laranja

No caso do suco de laranja concentrado, a produção global deve ficar próxima de 1,6 milhão de toneladas, uma queda de 7%. Neste contexto, o Brasil deve seguir como principal produtor com 1,1 milhão de toneladas (72% de participação), seguido do México com 176 mil toneladas e Estados Unidos com 125 mil.

Já os estoques finais globais de suco de laranja devem fechar em 223 mil toneladas, número que é o mesmo registrado na safra anterior.

"O consumo do suco de laranja vem reduzindo aos poucos, todos os anos, principalmente por causa da competição com outras bebidas. Além disso, a produção na Flórida praticamente desapareceu. A região que chegou a produzir 240 milhões de caixas terá 20 milhões. Com isso, o Brasil ficou praticamente sozinho nessa produção, então, a expectativa é de um volume de suco menor e manutenção de preços para os citricultores de São Paulo", analisa o professor Marcos Fava Neves sobre a baixa na produção mundial de laranja e os impactos no mercado da fruta e do suco.

Balanço da safra de cana-de-açúcar

Na última semana, a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) divulgou novo relatório com o desempenho do setor sucroenergético na região centro-sul. Os números devem sofrer pouca alteração até o final da safra 2022/23, em março, porque apenas três unidades ainda estão em operação.

A moagem de cana totalizou 542 milhões de toneladas no acumulado desde o mês de abril, uma alta de 3,7%. Já a produção de etanol está em 27,6 bilhões de litros, 3,3% maior. Por fim, a produção de açúcar alcançou 33,5 milhões de toneladas, resultado 4,4% superior.

Ivandro Manteufel, agrônomo de desenvolvimento de mercado cana na Bayer, comenta sobre o uso de inibidores na cultura e dá dicas de como deve ser feito o manejo destes produtos. “A isoporização é um fenômeno natural que rouba muito a produtividade da cana e acontece na maior parte das variedades cultivadas. Além disso, é potencializada quando ocorre o florescimento. As condições vegetativas do canavial e o clima no Brasil também têm contribuído para que isso aconteça. Por isso, recomendamos que o produtor faça um bom planejamento e aplique o Ethrel® antes do período indutivo nos canaviais que serão colhidos em junho.”

Dessa forma, o especialista diz que é possível ter uma diminuição acentuada do processo do isoporização, mantendo na produtividade e a qualidade matéria-prima da cana na hora da colheita.

Bayer Safety Seal garante a autenticidade do seu produto

Atenção, produtor: não deixe de baixar o aplicativo Safety Seal que realiza a leitura do QR Code e identifica de forma precisa a autenticidade dos selos dos produtos da Bayer. Assim, você tem a certeza de que está utilizando um produto com alto padrão de qualidade! Baixando o aplicativo Bayer Safety Seal em seu celular, você deve clicar em “start code check” e posicionar o produto com o selo voltado para a câmera. Depois, é só aguardar alguns segundos e conferir se o QR Code é válido ou não. Se sim, pode ficar tranquilo de que está com um produto Bayer em mãos!

Giro de notícias

O plantio de algodão no Brasil avançou 10 pontos percentuais desde a última semana. Até o momento, 65% dos campos foram plantados, 14 pontos percentuais abaixo do mesmo período do ano passado, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

As chuvas seguem atrasando o ciclo da soja e, consequentemente, o plantio do milho safrinha no Mato Grosso. Até o momento, apenas 6% das áreas foram semeadas, contra 26,7% de progresso há um ano, segundo o Imea.

O Imea também prevê redução de 15% nos preços de sementes e 19% nos fertilizantes para a safra de grãos 2023/24. Já os custos com mão de obra podem crescer até 40% no próximo ciclo.

Agenda da semana

Entre os dias 06 e 10 de fevereiro acontece a Show Rural Coopavel, uma das mais importantes vitrines tecnológicas do agro no Brasil. O evento será na cidade de Cascavel, no oeste do Paraná, e a visitação será das 8h às 17h. Aproveite para acompanhar as novidades da Bayer na feira! Mais informações no site oficial do evento.

O Doutor Agro também destaca mais pontos nos quais o produtor deve ficar de olho na próxima semana: colheita da soja, plantio do milho, câmbio e preços da soja e do milho.