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Pragas iniciais do milho que devem ser evitadas na safrinha 2024

O manejo de pragas no milho safrinha é crucial para otimizar despesas e perdas, e melhorar a margem do lucro do agricultor.
18 de março de 2024 /// 12 minutos de leitura
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Os desafios são significativos na segunda safra de milho, também conhecida como milho safrinha. Este tipo de cultivo oferece vantagens comerciais atrativas para os agricultores, mas está sujeito aos riscos relacionados às condições climáticas, que coincidem com a época do ano em que o milho safrinha é semeado.

Tendo em vista a atual instabilidade climática no Brasil, é fundamental evitar perdas ou prejuízos causados por outros limitantes de produtividade do milho, como doenças, plantas daninhas e pragas. A maior atenção com estes três fatores pode otimizar os custos de produção, minimizar prejuízos, e possibilitar uma melhor margem de lucro na comercialização da produção.

Neste contexto, o manejo de pragas iniciais é uma das iniciativas mais importantes para evitar impactos na rentabilidade do cultivo do milho safrinha. Estes insetos, que se alimentam da cultura logo após a emergência, são beneficiados pelo cronograma atual dos agricultores, que têm escalonado o plantio do milho em busca de melhores condições climáticas.

Para controlar corretamente as pragas iniciais do milho safrinha, é necessário empregar práticas agronômicas e o uso inteligente de inseticidas químicos e biológicos, aliados a um bom monitoramento.

Continue esta leitura e conheça três pragas iniciais da cultura do milho, que devem ser evitadas ao máximo durante a safrinha. Além disso, neste texto vamos apresentar dicas de manejo para cada um destes insetos utilizando tecnologias Bayer.


Pragas que atacam o milho safrinha em estágios iniciais

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), os insetos percevejo-barriga-verde (Dichelops sp.), a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), e a diabrotica (Diabrotica speciosa), são pragas que devem ser evitadas durante o cultivo do milho safrinha. Quando atacam a cultura logo após a emergência, estes insetos podem reduzir o estande de plantas e afetar o desenvolvimento das plântulas ao longo da safra, o que resulta em perda de produtividade.

Com alta mobilidade e facilidade para se esconder entre a palhada, o manejo destas pragas é dificultado, principalmente quando ocorre tardiamente. Sendo assim, conhecer as características destes insetos é fundamental para realizar um bom monitoramento, que deve servir como base para a tomada de decisão de controle.

Veja a seguir quais são as principais características destas pragas iniciais do milho.


Percevejo-barriga-verde

Segundo publicação da Embrapa, o percevejo barriga-verde é uma praga inicial considerada importante na cultura do milho e do trigo. Na cultura do milho, os impactos são causados quando os adultos e as ninfas introduzem seus estiletes, que atravessam a bainha e chegam até as folhas internas da planta.

Ao picar as plantas de milho, o percevejo-barriga-verde injeta toxinas nas plantas. Isso causa lesões que provocam deformações, perfilhamento intenso, e tornam as plantas de milho improdutivas.

Quando o ataque da praga ocorre após a emergência do milho, a planta pode ser cortada, o que inviabiliza seu desenvolvimento. Ainda conforme a Embrapa, se o ataque do inseto ocorre em maior intensidade mesmo em estágios vegetativos mais avançados, as toxinas injetadas pelo percevejo-barriga-verde podem paralisar o desenvolvimento da planta, levando-a a morte.

O manejo desta praga pode ser realizado da seguinte forma:

  • Monitoramento antes do plantio e durante estágios iniciais da cultura do milho.
  • Pulverização de inseticidas ao identificar um indivíduo por m² durante a emergência do milho.
  • Plantio do milho com sementes tratadas com inseticidas.

Considerando os desafios no manejo do percevejo-barriga-verde durante o milho safrinha, a Bayer disponibiliza o tratamento de sementes CROPSTAR®. Esta tecnologia pode ser utilizada para banhar as sementes de milho antes do ensacamento, para facilitar o trabalho do agricultor. Além disso, os inseticidas CURBIX® e CONNECT®, da Bayer, podem ser utilizados para o controle da praga durante o desenvolvimento da cultura.


Cigarrinha do milho

Informações divulgadas pela Embrapa revelam que a cigarrinha-do-milho se destaca entre as pragas iniciais do milho por ser o inseto vetor de vírus e bactérias molicutes, que causam as doenças do complexo de enfezamento. Essa característica faz com que a cigarrinha seja a principal responsável por grandes perdas de produtividade no cultivo do milho safrinha.

Na safrinha de milho 2024, a cigarrinha-do-milho se tornou ainda mais importante, principalmente por conta do plantio do milho escalonado. Nestas condições, além do clima, que favorece o seu desenvolvimento, o inseto encontra plantas em estágios iniciais em abundância em uma mesma região produtora.

Para manejar a cigarrinha-do-milho é necessário integrar métodos culturais e químicos, como por exemplo:

  • Eliminar o milho tiguera e plantas voluntárias da área.
  • Realizar o tratamento de semente com inseticidas sistêmicos.
  • Evitar o escalonamento do plantio.
  • Escolher híbridos tolerantes ao enfezamento.
  • Monitorar a lavoura constantemente para identificar a praga na área.
  • Pulverizar inseticidas neonicotinoides ao identificar a presença da praga.
  • Combinar inseticidas de contato em mistura com produtos adjuvantes.

As tecnologias Bayer que podem fazer a diferença no manejo da cigarrinha-do-milho são:

  • O tratamento de sementes CROPSTAR®.
  • O inseticida CONNECT®, que apresente efeito de controle prolongado, e pode ser aplicado quando a planta se encontra no estágio V4, com o objetivo de controlar as ninfas e evitar a postura de ovos.

Diabrotica

A diabrotica, também conhecida como vaquinha, brasileirinha e larga-alfinete, é um inseto que prefere se alimentar do milho, mas também é encontrado em lavouras de soja, batata, algodão, feijão e hortaliças.

De acordo com a Embrapa, a diabrótica ataca folhas do milho quando adulta, mas não causa danos expressivos. O problema maior ocorre durante sua fase larval, período em que se alimenta das raízes da planta de milho.

Ao atacar as raízes do milho, a praga afeta sistema radicular da planta, que perde a capacidade de absorver água e nutrientes do solo. Como o acesso restrito a recursos essenciais para o seu desenvolvimento, a produtividade da planta é reduzida.

Para saber quando há ataques de diabrotica nas raízes das plantas de milho, basta observar os sintomas:

  • Acamamento
    Em alta infestação, a diabrotica pode desfalcar tanto as raízes, que impacta a sustentação da planta. Por não conseguir parar em pé, a planta pode tombar, principalmente em condições de alta umidade ou ventos fortes.
  • Pescoço de ganso
    Para tentar se levantar do tombamento e buscar por luz solar, as raízes das plantas se esforçam, o que expressa o sintoma conhecido como pescoço de ganso. Esse processo faz com que a planta gaste muita energia, o que também reduz a produtividade da lavoura.

A integração de biotecnologia de proteção de plantas e inseticidas é a melhor forma de controlar a praga.

No entanto, é importante ter em mente que os inseticidas conseguem manejar apenas a diabrotica em fase adulta, o que pode ajudar a reduzir a reprodução do inseto na lavoura. Para controlar a praga em estágio larval, o único recurso é a biotecnologia.

Entre as principais biotecnologias do mercado que podem auxiliar no manejo da diabrotica, está VTPRO4®. A tecnologia foi desenvolvida pela Bayer exclusivamente para a cultura do milho.

Plantas cultivadas com esta biotecnologia são protegidas do ataque das pragas:

  • Pragas da parte aérea
    Lagarta-do-cartucho (Spodoptera fugiperda), broca-do-colmo (Diatraea saccharalis), lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus) e lagarta-rosca (Agrotis ipsilon).
  • Praga do solo
    Larva-alfinete.

Para saber mais sobre como proteger sua lavoura de milho safrinha do ataque das pragas, assista ao Impulso Negócios EP. 95:

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