Controle o percevejo barriga-verde no milho!
Confira as estratégias de combate ao percevejo barriga-verde, uma praga que pode causar grandes prejuízos à sua lavoura de milho08 de outubro de 2024 /// 8 minutos de leitura
As pragas iniciais merecem uma atenção especial em qualquer lavoura. Elas são capazes de reduzir o número de plantas por área e afetam diretamente a produtividade. No caso do milho, entre os percevejos que atacam a cultura, o percevejo barriga-verde é o que apresenta maior potencial de causar danos.
Além disso, o plantio direto, apesar de trazer inúmeros benefícios ao sistema de cultivo, acaba favorecendo a reprodução dessa praga.
"O percevejo barriga-verde utiliza da palhada para se desenvolver e se proteger. Por isso, é preciso ter atenção já na dessecação e colocar em prática medidas de controle para evitar uma população elevada no momento mais suscetível da cultura do milho, que é o seu desenvolvimento inicial", conta Glauber Stürmer, pesquisador de entomologia da Cooperativa Central Gaúcha.
Danos causados pelo percevejo barriga-verde
O percevejo barriga-verde suga a seiva da base do colmo e injeta toxinas nas plantas que, ao serem atacadas, emitem perfilhos e desenvolvem folhas deformadas e retorcidas. Esse processo pode causar um murchamento conhecido como sintoma de coração morto e secamento das folhas.
Ao se alimentar, esse inseto pode deixar alguns rastros nas folhas, como perfurações arredondadas, dispostas transversalmente às nervuras. Esse processo afeta também o crescimento da cultura e, por serem menores, as plantas atacadas ficam sombreadas e consequentemente improdutivas, sem espigas ou com espigas muito pequenas.
"É fundamental proteger a lavoura de milho até a planta atingir 1,5 cm de diâmetro de colmo, período em que o percevejo barriga-verde consegue causar um grande prejuízo. A proteção começa na primeira aplicação do palito e a reinfestação deve ser monitorada.
Assim que a lavoura atingir um percevejo por metro quadrado, é preciso fazer outra aplicação", explica Anildo Betencourt, profissional do time de Marketing da área de Inseticidas da Bayer.
Monitoramento e manejo da praga
Para identificar a presença desse percevejo na lavoura, é necessário se atentar a certas características do inseto.
Ele mede em torno de 10 milímetros, possui abdômen verde e dorso de cor marrom claro, com um triângulo ao centro. Na parte superior do corpo, atrás da cabeça, observam-se espinhos laterais e sua cabeça é triangular. Possui seis patas quando adulto e pequenas asas escondidas no dorso.
Como o percevejo barriga-verde ataca principalmente as culturas jovens recém-germinadas, o tratamento de sementes é fortemente recomendado. O produtor precisa estar atento ao monitoramento durante e após a emergência das plantas, porque o período crítico da presença desses percevejos no milho é entre a emergência até o estádio V5, quando cinco folhas estão completamente expandidas.
"Indicamos um posicionamento de palito, que é a emergência inicial da cultura com o momento mais crítico. Preconizamos sempre a redução da população e a contenção de danos que não visuais no início, mas que depois vão gerar plantas raquíticas, que produzem espigas", alerta o pesquisador de entomologia.
Tática de manejo integrado no sistema soja-milho
No sistema soja-milho, esse cuidado com o manejo deve começar ainda mais cedo, durante a fase final da soja, quando as populações do percevejo barriga-verde podem ser altas. Com o curto período de entressafra, esses insetos costumam se abrigar na palhada ou em plantas daninhas hospedeiras, que vão auxiliar sua sobrevivência até o estabelecimento do milho.
Por isso, uma importante prática de manejo é a dessecação da área e o controle das daninhas na entressafra, a fim de quebrar essas pontes verdes.
Em regiões de alta pressão, o ataque pode se prolongar para além de V4, por isso, o monitoramento deve ser mantido até V6. Para essas aplicações, é importante o uso de inseticidas com efeito de choque e residual, assim, a planta terá proteção por mais tempo e será protegida contra novas infestações.
Para esse momento, a Bayer tem a solução certa: Curbix® é um inseticida de contato e ingestão à base de etiprole, uma molécula inédita para o milho. É uma ferramenta valiosa no controle de percevejos, pois combate de forma eficiente as infestações, oferecendo um efeito de choque imediato e proporcionando uma proteção prolongada às culturas.
"Curbix® é um inseticida bastante conhecido por sua residualidade, devido à alta persistência que ele tem sobre o tecido verde.
Quando a planta está com duas a três folhas, ela já tem tecido verde suficiente para sustentar uma carga de princípio ativo que seja letal ao percevejo. Portanto, aplicações nos estádios V2 e V3 são fundamentais, e Curbix® entrega um grande valor por sua residualidade nesse período", destaca o profissional da Bayer.
Por fim, outras estratégias para complementar o manejo integrado do percevejo barriga-verde no milho incluem:
Rotação de culturas;
Plantio em épocas menos favoráveis;
Utilização de híbridos bem adaptados ao local;
Fertilização compatível para aumentar a tolerância das plantas;
Controle biológico com organismos parasitoides e entomopatógenos, entre outras práticas.