Cana: uso eficiente de herbicidas
As melhores práticas para um controle eficaz de plantas daninhas no canavialAs plantas daninhas são um dos maiores desafios na produção de cana-de-açúcar, com perdas que podem afetar até 85% da produtividade final. Portanto, um manejo eficiente dessas invasoras é fundamental para maximizar os resultados no campo.
Nesse sentido, o controle químico com o uso de herbicidas é amplamente adotado no manejo de plantas daninhas devido ao baixo custo, alta eficiência e praticidade operacional.
Essa abordagem permite o controle rápido e preciso de grandes áreas, o que a torna uma das mais utilizadas na produção agrícola.
“No caso da cana planta, a aplicação deve ser feita imediatamente após o plantio, para que o herbicida seja ativado e a planta daninha seja controlada já no momento da germinação. Da mesma forma, na cana soca, a aplicação deve ser realizada logo após o corte, sobre a palhada. O herbicida é aplicado antes da emergência da planta daninha, assim, no momento em que ocorre a chuva, o herbicida transpõe a palha, chega no solo, é ativado e controla a planta daninha no momento da emergência”, explica Pedro Christofolleti, engenheiro agrônomo e pesquisador.
As melhores estratégias de manejo com herbicidas
Para um bom manejo com herbicidas na cana-de-açúcar é importante considerar alguns fatores.
O primeiro é a identificação das espécies de plantas daninhas predominantes na área. Diante disso, é fundamental realizar, anualmente, um levantamento detalhado das espécies dominantes. Esse diagnóstico permitirá a escolha precisa dos herbicidas, direcionando o manejo químico para controlar de forma eficiente as plantas invasoras e garantir a sustentabilidade produtiva da lavoura.
O segundo fator trata das condições do ambiente para definir o momento ideal das aplicações. Nesse caso, é essencial analisar o histórico e a previsão climática, incluindo chuvas e temperaturas para os três meses após a aplicação de herbicidas, a fim de avaliar possíveis restrições ou condições hídricas normais.
Com base nessas informações, o profissional deverá selecionar os herbicidas que apresentam características físico-químicas mais adequadas às condições climáticas previstas. Além disso, entre os produtos selecionados, será necessário ajustar a escolha final considerando o estágio das plantas daninhas e da cultura, classificando-os conforme sua aplicação em pré-emergência, pós-emergência inicial ou pós-emergência tardia.
“Normalmente, a estratégia inicial que deve ser adotada na cana-de-açúcar é a de pré-emergência porque demanda herbicidas de longo residual e de alta seletividade, com o objetivo principal de evitar aplicações, reduzindo, assim, o custo, a necessidade de máquinas e de mão de obra”, acrescenta Christofolleti.
Escolhendo o herbicida
O terceiro fator é a escolha estratégica do herbicida baseada no diagnóstico inicial. Essa seleção deve considerar as características específicas das plantas daninhas identificadas. Para isso, é recomendada a elaboração de uma lista detalhada contendo o nome comercial e técnico das moléculas selecionadas, acompanhada de informações técnicas essenciais, como:
- Solubilidade em água: indica a facilidade de dissolução do herbicida em ambientes úmidos.
- Coeficiente de partição octanol/água: reflete o potencial de bioacumulação em organismos vivos.
- Capacidade de translocação: mostra como o herbicida se move dentro da planta.
- Coeficiente de sorção padronizado para carbono orgânico: representa a interação do herbicida com o solo.
- Constante de ionização: ajuda a prever o comportamento do herbicida em diferentes pHs, tanto no solo quanto na calda de pulverização
Alion® é um ótimo aliado nesse momento, pois oferece eficácia contra uma ampla gama de plantas daninhas.
Trata-se de um herbicida com eficiência no manejo, amplo espectro e seletividade eficaz. Além disso, seu efeito residual de 165 dias proporciona uma redução na necessidade de repasse, o que não só garante o bom desenvolvimento inicial da cana, mantendo o canavial livre de plantas daninhas por um período prolongado, como também resulta em uma menor carga química na cana e economia para o produtor ao reduzir os custos com insumos e operações no campo.
De olho na dose de aplicação!
Por fim, o quarto e último fator a ser considerado é a dose correta de aplicação. A textura do solo influencia diretamente a sorção, lixiviação e disponibilidade do herbicida. Em solos arenosos, são indicadas doses menores devido à baixa retenção de água e nutrientes, enquanto em solos argilosos, com maior matéria orgânica e capacidade de absorção, são necessárias doses maiores para garantir a eficácia do produto.
Seguindo todos esses passos corretamente, evita-se os temidos problemas de fitotoxicidade, que geralmente ocorrem por erros na dose, modo de aplicação ou condições ambientais desfavoráveis.
Ao final, você elegerá moléculas herbicidas mais adequadas ao momento e exigência da sua aplicação, o que possibilitará seletividade à cultura, além de melhor eficácia de controle e proteção ambiental.