Blog do Agro

Como evitar a ferrugem polissora no milharal?

Conheça as principais estratégias de manejo dessa doença que pode afetar a produ-tividade em mais de 50%
20 de março de 2024 /// 8 minutos de leitura

Quando o fungo causador da ferrugem polissora (Puccinia polysora) encontra condições ideais para se desenvolver, surgem pústulas com formatos ovais e circulares, de coloração marrom clara ou alaranjada, distribuídas principalmente na face superior das folhas do milho.

Esse fungo costuma infectar as folhas que já estão completamente expandidas. Além disso, existem algumas condições que favorecem o aparecimento dessa doença:

  • Baixas altitudes, geralmente abaixo de 700 metros
  • Elevada umidade, acima de 90%
  • Temperaturas variando entre 25 e 35 graus

Os danos da doença vão desde a perda de área foliar, redução da capacidade de fotossíntese até a diminuição do peso dos grãos, senescência precoce das folhas e acabamento das plantas, afetando em até mais de 50% a produtividade da lavoura de milho.

Por isso, é importante saber quais doenças prevalecem na sua região e propriedade, seus sintomas característicos e as fases fenológicas da cultura que são mais suscetíveis à infecção. No caso da ferrugem polissora, a infecção pode começar logo na fase vegetativa.


As fases críticas para o desenvolvimento da doença

A fase crítica dessa doença para a planta do milho começa em VT, que representa o pendoamento, ou seja, quando o último ramo do pendão fica visível por completo. É aqui que o tamanho das espigas e o potencial de grãos por fileira serão definidos. Esse período vai até R5 ou pré-floração, que começa quando os primeiros botões florais ficam visíveis e termina no início do florescimento.

"É a partir do florescimento das plantas que a cultura do milho precisa receber o máximo de nutrientes para começar a jogar para as espigas. É um período muito crítico para a ferrugem polissora e outras doenças porque qualquer estresse que acontecer nessa fase vai afetar a produtividade da cultura lá na frente," ressalta Dagma Dionísia da Silva Araújo, pesquisadora da Embrapa.


Estratégias de manejo da ferrugem polissora

As principais técnicas sugeridas para o manejo da ferrugem polissora são a resistência genética e o uso de fungicidas foliares.Para a primeira, é recomendado o plantio de mais de uma cultivar com resistência a diferentes doenças.

Para o manejo químico, a Bayer oferece dois produtos que podem ser seus aliados contra os fungos: o fungicida Nativo®, composto por estrobilurina e triazol, e Fox® Xpro, pertencente aos grupos químicos carboxiamida, triazolinthione e estrobirulina.

"Nós vamos trabalhar com uma ou duas aplicações desses produtos. Dependendo do híbrido, podem ser necessárias até três aplicações, sendo Fox® Xpro a base da recomendação em VT, e Nativo® no início das aplicações, a fim de obter máxima eficiência de controle e residual", comenta Gildo César de Carlis, Agrônomo de Desenvolvimento de Mercado na Bayer.

Ambos possuem ação preventiva, o que possibilita o maior potencial de controle de fungos. Para as aplicações, sugerimos realizar monitoramento periódico da área e iniciar as aplicações durante o estádio vegetativo do milho ou quando os primeiros sintomas da ferrugem polissora aparecerem.

"A maioria das áreas de produção brasileiras são muito grandes, então, a tomada de decisão para fazer a aplicação tem que ser preventiva", alerta a pesquisadora da Embrapa.

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