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Proteja o milho do complexo de Bipolaris!

Perdas superiores a 70% na produção de milho já foram relatadas em áreas atingidas por essa doença. Saiba o que fazer para proteger a sua lavoura!19 de novembro de 2024 /// 10 minutos de leitura

O clima tropical do Brasil privilegia a produção de milho até mesmo na segunda safra. Mas essas condições climáticas também nos tornam vulneráveis a várias doenças que comprometem tanto a produtividade quanto a qualidade dos grãos.

A incidência do complexo de Bipolaris, por exemplo, tem aumentado no Brasil nos últimos anos, principalmente na safrinha, por causa da adaptação do fungo causador da doença às diferentes condições climáticas e práticas agrícolas, passando a representar uma preocupação cada vez maior para os produtores de milho.

O complexo de Bipolaris possui espécies com alto nível primário de inóculo: a Bipolaris maydis e a Bipolaris zeicola. Ambas causam manchas foliares de coloração palha e cloroses, reduzindo a capacidade fotossintética da planta.

A espécie com maior distribuição espacial e, portanto, mais importante para a cultura do milho é a mancha-de-bipolaris, causada pelo fungo Bipolaris maydis, que possui três diferentes raças: raça ‘O’, raça ‘T’ e raça ‘C’.


Sintomas da mancha-de-bipolaris no milho

Toda a parte aérea do milho é suscetível à infecção pelo fungo e os sintomas variam conforme o genótipo da planta e a raça do fungo envolvido.

É importante lembrar que as lesões causadas por Bipolaris maydis podem ser confundidas com a cercosporiose do milho e até com a estria bacteriana, o que dificulta a sua identificação. Para que isso não aconteça, é preciso se atentar às bordas e tamanho das lesões, que no caso da mancha-de-bipolaris são mais irregulares e tortuosas.


Condições favoráveis para a doença

As condições ideais para o desenvolvimento do fungo ocorrem em temperaturas entre 22°C e 30°C e umidade relativa do ar acima de 90%. Assim, a mancha-de-bipolaris pode se espalhar rapidamente. Além disso, existe um agravante de que a doença pode ocorrer durante todas as fases do milho, desde os estádios iniciais de desenvolvimento até a maturidade fisiológica da planta.

Mesmo em períodos sem hospedeiros no campo, o fungo pode sobreviver nos restos culturais da safra anterior até a próxima temporada de plantio, o que dificulta ainda mais o manejo.

Com o aumento das temperaturas, os esporos, que são as estruturas reprodutivas dos fungos presentes nos resíduos do milho, são transportados pelo vento ou por respingos de chuva até as folhas das plantas em fase inicial de desenvolvimento. E atenção: geralmente, quanto mais precoce acontece a infecção, maior é o risco de impacto negativo na produtividade do milho.


Como fazer o controle integrado na sua plantação

Para que a mancha-de-bipolaris não prejudique a sua plantação, a melhor maneira de fazer o manejo é sempre realizar o controle integrado, com a adoção de diversas práticas em conjunto.

Dentre as principais, estão:

  • Adoção de híbridos tolerantes: oferecem uma defesa eficaz contra o problema. Embora nenhum híbrido seja completamente resistente a todas as doenças, mesmo uma resistência parcial já contribui significativamente para a proteção da produção;

  • Monitoramento precoce e frequente: auxilia a reduzir os danos econômicos. Fique atento às folhas inferiores das plantas no início do desenvolvimento da cultura, é onde os primeiros sintomas podem ser observados.

  • Rotação de culturas: ajuda a quebrar o ciclo da doença no campo, sendo uma medida que atua contra todas as raças do fungo;

  • Uso de fungicidas foliares: com aplicações antecipadas, em V4, trazendo mais eficiência para o manejo. Esse controle preventivo pode conter o fungo antes mesmo da sua penetração nos tecidos da planta, proporcionando um período residual mais longo na lavoura. Essa estratégia também é essencial para prevenir surtos da doença que poderiam afetar gravemente a produtividade da lavoura, principalmente em áreas onde há alta incidência do patógeno.

A Bayer tem a solução certa para ajudar nesse momento! Fox® Xpro é um fungicida mesostêmico e sistêmico que proporciona maior potencial de controle contra os fungos. Com sua nova tecnologia de formulação, três modos de ação e três ingredientes ativos, Fox® Xpro oferece ação tripla e potência amplificada nas principais doenças que afetam o milho, atuando em todas as fases do ciclo de vida do fungo.

“Por ter esses três mecanismos de ação, Fox® Xpro atua contra um amplo espectro de doenças, desde manchas, ferrugens, entre outras. Realizar a aplicação nos estágios iniciais, pensando no crescimento da mancha-de-bipolaris, é extremamente relevante porque ajuda no controle das doenças desde o início do desenvolvimento da cultura, o que facilita o manejo que será feito na sequência", conclui Bruno Carvalho, gerente técnico para a cultura do milho e cereais de inverno da Bayer.

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