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Pragas do Café: o que o cafeicultor deve fazer para se livrar

Conheça duas importantes pragas do café que acometem plantações em diversas regiões e descubra como manter sua cultura livre delas22 de julho de 2022 /// 6 minutos de leitura

Para garantir a boa produtividade da lavoura, os cafeicultores precisam estar atentos aos primeiros sinais de pragas do café, para contornar o problema antes que ele gere prejuízos consideráveis.

Isso implica no conhecimento das principais doenças: a broca do café e nematoide das galhas.

Neste artigo, você conhecerá os detalhes de cada uma delas. Selecionamos as principais informações a respeito de suas características, manejo, controle e prevenção.

Quais são as principais pragas do café?

A seguir, entenda melhor quais são as duas principais pragas do café — Broca-do-Café e Nematoide das galhas —, como fazer o monitoramento e controle delas.

Broca-do-café (Hypothenemus hampei)

A broca-do-café é uma velha conhecida dos cafeicultores. Ela ataca os frutos em qualquer estágio de maturação e não perdoa nem os grãos já secos. O problema é que ela se multiplica em pouco tempo, principalmente em condições climáticas favoráveis.

Não é à toa que a broca-do-café reduz consideravelmente o preço pago ao produtor, já que diminui o peso e a qualidade do produto. Dependendo dos níveis de infestação, de acordo com a Embrapa, os prejuízos podem chegar a 21%.

A qualidade do café também fica prejudicada. Os grãos brocados e quebrados aumentam a infestação da praga, resultando assim em valor comercial inferior, uma vez que, para cada 5 grãos brocados, o lote é penalizado no sistema de classificação.

A broca-do-café, em sua fase larval, vive no interior do fruto, se alimentando das sementes. O prejuízo inicial é ocasionado pela queda de frutos. Os broqueados que permanecem nas plantas sofrem redução de peso.

Os danos provocados por essa praga do café começam quando a infestação atinge entre 7% e 10% da florada. A qualidade da bebida do café pode ficar comprometida por conta da penetração de microrganismos nos grãos brocados.

Monitoramento da broca-do-café

O monitoramento deve ser iniciado na época de “trânsito" do inseto. Na maior parte do Brasil, esse período compreende os meses de novembro a janeiro, ou seja, 3 meses após a grande florada, que tende a acontecer em outubro.

Nessa época, os frutos ainda estão aquosos, com mais de 80% de umidade e, por isso, são alimentos ideais para a broca-do-café. Em meados de janeiro, a broca se estabelece na safra a ser colhida em junho.

No mês de fevereiro, por conta da chuva, há dificuldade no trânsito da praga aos novos frutos oriundos da florada de setembro e que se tornam aptos ao ataque 100 dias após a florada.

Em março, o clima seco e quente, mas com frutos na umidade adequada, possibilita o trânsito e a sobrevivência das brocas com curto ciclo de vida. Por essa razão, o monitoramento deve ser realizado até abril, quando as fêmeas adultas deixam os frutos remanescentes da safra anterior e vão em direção aos verdes da safra seguinte.

Por volta de 50 dias depois, elas depositam os ovos. Em meados de junho, as condições climáticas são favoráveis para a instauração das larvas.

Controle da broca-do-café

A tática do controle com aplicação de biodefensivo é indicada para manter a cultura de café livre da praga. Recomendamos o uso de Curbix® ainda no início da formação dos grãos de café e durante o período de migração dos adultos.

Dessa forma, a primeira aplicação do insumo agrícola deve ser realizada no mês de dezembro e a segunda, 30 dias depois. Essa medida evita o pico máximo da população de broca no período.

Caso o controle não seja feito adequadamente, a cultura corre grandes riscos de infestação. Isso porque 1.000 brocas /ha darão origem a 7.600.000.000 de brocas / ha no pico máximo da população.

Nematoide das galhas (Meloidogyne spp.)

Os nematoides são pequenos vermes que atacam o sistema radicular do cafeeiro. A espécie de maior importância no Brasil é a Meloidogyne spp. Ela se desenvolve em regiões de solo arenoso.

A disseminação da praga pode ocorrer por meiode mudas de café ou de plantas de sombra infestadas. O trânsito de implementos agrícolas leva o solo infestado com ovos e larvas para outras áreas.

O ciclo de vida dessa praga é de, aproximadamente, entre 5 e 8 semanas. As fêmeas podem depositar de 30 a 80 ovos por dia. O maior problema de quem lida com essa ameaça é que o nematoide sobrevive um ano sem alimento.

Nesse caso, as larvas entram em hibernação em níveis mais profundos do solo e se acomodam em temperatura igual ou inferior a 15 ° C. Em regiões de clima mais quente, esse período tende a ser menor de um ano.

As larvas são atraídas pelo crescimento radicular do café e penetram nas paredes celulares, sugando assim a seiva. Algumas induzem alterações no tecido da raiz, formando células gigantes para extrair nutrientes ou formar galhas para proteção.

Os nematoides das galhas destroem as células radiculares do café, prejudicando a captação de água e nutrientes para a planta. Eles danificam a entrada da superfície radicular, dando abertura para uma série de doenças.

Monitoramento do nematoide das galhas

As lavouras acometidas pela praga, gradativamente, tornam-se antieconômicas e, podem até ser erradicadas. Os sintomas visíveis são plantas atrofiadas ou mortas, causadas pela falta de captação de água e nutrientes após danos nas raízes.

Para evitar esse quadro, é importante realizar o monitoramento por meio da coleta de amostras que devem ser enviadas para análise em laboratório. Essa medida permite uma identificação mais concreta da espécie de nematóide presente na área.

Além disso, é fundamental reconhecer os sintomas da presença dessa praga na cultura do café. Os principais são: presença de galhas nas raízes, redução do volume radicular, amarelamento na parte aérea e redução foliar.

Outros sintomas comuns são a redução do tamanho e murchamento das plantas. Em alguns casos, pode ocorrer a desfolha parcial ou completa. Como essas condições podem ser confundidas com deficiência hídrica e nutricional, é fundamental fazer a distinção.

O histórico da área também é uma medida de controle fundamental. Por fim, é importante monitorar a propriedade, arrancando algumas plantas e observando as raízes.

Controle do nematoide das galhas

Para o controle rápido, efetivo e prolongado do nematoide das palhas, é fundamental contar com um insumo agrícola apropriado. Nós recomendamos Verango® Prime, um nematicida da Bayer que apresenta alta eficácia em baixas doses por hectare.

A Agro Bayer tem tomado uma série de medidas que promovem melhorias para a gestão das pragasdo café. Com a utilização assertiva de Curbix® e do Verango® Prime, sua plantação estará protegida de importantes pragas.

Os resultados do controle adequado são produtos de qualidade, melhor custo-benefício e maior rentabilidade. Tudo isso sem deixar de lado as práticas agrícolas sustentáveis e conscientes.

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