Alexandre Mendonça comenta os mercados agrícolas: entenda o atual momento e as projeções para o setor
Veja análise sobre os motivos da alta nos preços da soja, milho e outras commodities, mostrando também as projeções para as próximas safras22 de julho de 2022Na primeira conversa do Impulso Papo e Prosa, a Bayer e a Primetalk inauguram o quadro com o convidado Alexandre Mendonça de Barros, professor e palestrante de referência no setor do agronegócio. Ele faz uma análise detalhada sobre os motivos da alta nos preços da soja, milho e outras commodities, mostrando também as projeções para as próximas safras.
Alexandre Mendonça é engenheiro agrônomo e doutor em economia aplicada pela Universidade de São Paulo - USP. Faz parte dos conselhos de administração das maiores empresas brasileiras nos segmentos de agropecuária e agricultura nacional.
Na análise do professor, o efeito da pandemia do coronavírus no Brasil foi contrário ao do resto do mundo. Enquanto a maioria dos países viu os preços caírem por efeito do menor consumo, o Brasil exportou muito, cerca de 45 milhões de toneladas de soja em 3 meses, por exemplo. Segundo ele, estamos entrando em um novo ciclo ou “boom” de commodities.
Em 2020, com os restaurantes fechados, aumento do número de desempregados, etc. houve grande redução da demanda. Mas, as exportações brasileiras de agrícolas se deram principalmente para a China, contrariando, assim, o cenário mundial.
O país oriental está na fase final de recuperação de uma forte crise do plantel de suínos, que enfrenta um ciclo de peste suína africana desde 2018. Por isso, na intenção de equilibrar novamente o rebanho, a China tem uma forte necessidade de grãos, usados na alimentação dos animais.
Alexandre ressalta que, apesar de o início da pandemia ter sido na China, o país foi muito eficiente em controlar a doença e retomou sua economia bem antes do resto do mundo.
RETOMADA ECONÔMICA DO MUNDO E CENÁRIO BRASILEIRO ATUAL
A partir de setembro de 2020, a situação mudou no cenário mundial. Com a maior certeza da chegada das vacinas, o mercado está mais otimista e aumentou a demanda por matérias-primas, as chamadas commodities. Podemos dizer que estamos no início de um novo ciclo de commodities ou “boom”, com aumento dos preços do aço, ferro e dos agrícolas, como soja e milho, entre outras.
Mendonça salienta que há algo raro ocorrendo no Brasil: Com a tendência de entrarem muitos dólares no país devido às exportações de commodities, era de se esperar que o preço do dólar caísse em relação ao Real. Mas isso não está acontecendo e existem duas principais razões que convergiram para isso: A primeira é que a taxa de juros no Brasil está muito baixa e a segunda é que os gastos do governo aumentaram muito. Entenda essa análise macroeconômica assistindo ao vídeo completo.
No artigo anterior do Impulso News, Airton Galinari, Presidente Executivo da Coamo Agroindustrial, mostrou como o agricultor deve se comportar diante do mercado nessas condições. Veja um trecho do artigo:
“Com o dólar mais caro, as negociações podem parecer ruins, mas Airton explica que ainda dá pra lucrar com a alta da moeda americana na porcentagem da produção que não foi negociada antecipadamente, além de poder aproveitar um momento de condições sem igual na história na compra de insumos para o período de 21/22.” Leia o artigo completo.
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