Mofo branco: como o Serenade auxilia no controle da doença
O infográfico apresenta particularidades do efeito deste agente de biocontrole de mofo branco na soja. Acesse e confira o artigo completo no Blog do Agro.06 de fevereiro de 2020Considerações importantes a respeito do uso dessas bactérias no controle de mofo-branco
- Espécies de Bacillus existem por toda parte, inclusive algumas oferecem risco a saúde humana e animais. Não é qualquer espécie e linhagem que apresenta controle eficiente sobre mofo-branco e pode ser usada sem riscos. A qualidade da produção e do produto final é fundamental no sucesso dessa estratégia de controle. Por exemplo, dentro da espécie de Bacillus subtilis, a linhagem QST 713 encontrada no produto Serenade® é um exemplo, que é devidamente produzida e apresenta potencial de controle sobre mofo-branco.
- Métodos caseiros de produção “On Farm” de bactérias do gênero Bacillus não tem gerado produtos confiáveis. Trabalhos divulgados pela Embrapa[1] evidenciam baixa qualidade e elevada taxa de contaminação dos produtos, os quais se mostram inaptos para uso no controle biológico. Além da baixa qualidade e baixa eficácia esperada dos produtos OnFarm analisados, os trabalhos indicaram a presença de bactérias que oferecem risco a saúde humana e de animais, o que é altamente indesejável [1].
[1] Valicente, F.H.; Paula Lana, U.G.; Pereira, A.C.P.; Martins, J.L.A.; Tavares, A.N.G. Riscos à produção de biopesticida à base de Bacillus thuringiensis. Embrapa, Sete Lagoas-MG, 2018. (Circular Técnica 239, 20p.)
Como atuam as bactérias?
As bactérias B. subtilis linhagem QST 713 apresentam múltiplos mecanismos de ação sobre os fungos. Um dos principais mecanismos é a produção de compostos com ação letal, como a iturina e a surfactina, os quais atuam preventivamente impedindo a penetração do fungo na planta.
Dessa forma, nota-se que as bactérias Bacillus subtilis devem ser aplicadas preventivamente, antes da infecção do fungo. A ação preventiva, sobre as fases de pré-penetração são mais eficientes comparada a ação curativa, após penetração.
Para controle de mofo-branco em culturas como algodão, soja, feijão e girassol, as aplicações devem ser iniciadas o mais cedo possível no ciclo da cultura, via pulverização ou esguicho (drench), de forma a atingir o caule e o solo. Recomenda-se utilizar até 3 aplicações foliares durante a fase vegetativa do Vn até o estádio R1, para girassol, e do estádio V2 até o estádio R1, para soja e feijão.
Referência: [1] Valicente, F.H.; Paula Lana, U.G.; Pereira, A.C.P.; Martins, J.L.A.; Tavares, A.N.G. Riscos à produção de biopesticida à base de Bacillus thuringiensis. Embrapa, Sete Lagoas-MG, 2018. (Circular Técnica 239, 20p.) [2] Otavio, P.; Froio, R.; Tamara, A.F.R.; Iost, R. Biocontrole de mofo-branco em soja com Bacillus spp. Summa Phytopathologica, Botucatu, v.44, 2018. (Suplemento)