Manejo pré-emergente de plantas daninhas na cana-soca
Com mais uma safra de cana-de-açúcar começando, é importante evitar os prejuízos causados por plantas daninhas.11 de abril de 2023 /// 7 minutos de leituraCom mais uma safra de cana-de-açúcar começando, é importante evitar os prejuízos causados por plantas daninhas.
Em 1 de abril se inicia a nova safra de cana. De acordo com a consultoria Datagro, há expectativa de que a região Centro-Sul do Brasil alcance 590 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2023/24.
Ainda segundo a consultoria, a produção de açúcar na mesma região deve chegar a 38,3 milhões de toneladas. Além disso, espera-se produzir 31 bilhões de litros de etanol.
A região Norte-Nordeste, a estimativa de moagem é de 58 milhões de toneladas de cana em 2023/24. A produção na região deve chegar a 3,45 milhões de toneladas de açúcar, e 2,22 bilhões de litros de etanol.
Para aproveitar as boas expectativas e começar a safra desenvolvendo o Canavial De Alto Padrão , é importante construir estratégias de manejo eficientes para reduzir os impactos de pragas, doenças e plantas daninhas.
Especialmente em lavouras de cana-soca dos tipos úmida e semisseca, o uso racional de herbicidas faz toda a diferença ao longo da safra para evitar a competição de plantas daninhas com a cultura.
Por este motivo, este artigo reuniu algumas informações que podem te ajudar a utilizar herbicidas pré-emergentes no canavial de forma eficaz e rentável.
Qual é o impacto das plantas daninhas no canavial?
De acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira De Pesquisa Agropecuária), as plantas daninhas podem provocar perdas de até 85% no peso dos Colmos Das Plantas e elevar o custo de produção da cana-de-açúcar em até 30%.
Assim como em outras culturas, as plantas daninhas competem com a cana por água, luz, oxigênio, gás carbônico e nutrientes. Elas também podem liberar substâncias alelopáticas, comprometendo o desenvolvimento do canavial.
Além disso, as Plantas Daninhas são hospedeiras de pragas e doenças, e quando não manejadas, podem gerar enorme problema fitossanitário na lavoura de cana.
A Embrapa também explica que, um destes três tipos de impacto, ainda que isolado, é capaz de reduzir a quantidade de colmos colhidos, e tem potencial para tornar o manejo do canavial inviável.
As plantas daninhas que podem causar mais impactos no canavial são a Corda-De-Viola (Ipomoea spp.), o capim-marmelada (Brachiaria plantaginea) e capim-colchão (Digitaria horizontalis).
Como estamos praticamente no início da safra, é importante reforçar que a interferência das plantas daninhas no canavial é mais crítica durante as primeiras etapas de desenvolvimento da cana, especialmente na germinação da cana-soca.
Como manejar plantas daninhas na cana-soca?
O manejo de plantas daninhas no canavial, independente do tipo da planta ou ano da lavoura, deve ser antecipado. Para isso, é fundamental conhecer muito bem o histórico de ocorrência de plantas daninhas na área.
Com a informação sobre: espécie, tamanho e banco de sementes, é possível se antecipar e selecionar o melhor produto para cada planta daninha identificada antes da germinação da cana-soca.
Segundo a Embrapa, após a primeira aplicação para eliminar plantas daninhas presentes na área, é importante realizar o controle químico com a finalidade de controlar o banco de sementes.
O “manejo pré-emergente” de plantas daninhas, é uma estratégia que requer o uso de herbicidas pré-emergentes com efeito residual.
A categoria de herbicidas pré-emergentes são responsáveis por promover uma fina camada acima da palhada e das sementes de daninhas. Quando as plantas daninhas começam a germinar, o produto realiza o controle.
Esta estratégia é muito importante para proteger o desenvolvimento inicial da cana-soca, e para economizar no uso de herbicidas.
O efeito residual prolongado da maioria dos pré-emergentes pode controlar o banco de sementes por mais de 100 dias, reduzindo o número de pulverizações ao longo da safra.
Como utilizar herbicidas pré-emergentes na cana-soca?
Antes de utilizar herbicidas pré-emergentes na cana-soca, é importante que o solo da área tenha sido preparado, ou seja, não pode haver torrões entre a palhada.
O residual do produto pré-emergente deve ser avaliado de forma estratégica, pensando no sistema produtivo da lavoura. Assim, é importante planejar se haverá rotação da cana com alguma outra cultura e definir o período do plantio para decidir pelo menor produto residual .
Dependendo da duração do efeito residual, o cultivo de algumas espécies pode ser inviabilizado.
O tipo de solo do canavial também deve ser considerado nesta estratégia, pois dependendo das características do solo, os produtos podem ser retidos. Nesta condição, provavelmente o controle de plantas daninhas será ineficiente.
De modo geral, os principais fatores que devem ser avaliados para o planejamento de uma pulverização de herbicidas pré-emergentes são:
- O pH do solo,
- A seletividade do herbicida em relação à variedade de cana,
- O tempo de retenção do herbicida no solo,
- Evitar a concentração excessiva do herbicida no solo,
- Solos leves ou arenosos a médios exigem menores doses de herbicidas pré-emergentes conforme a bula,
- Solos argilosos ou pesados exigem doses maiores, também considerando a bula,
- Clima na época da aplicação, ou período de cultivo (cana-soca úmida ou semisseca).
A rotação de herbicidas também precisa ser incluída no manejo das plantas daninhas. A repetição de uso de uma mesma molécula ou modo de ação causa a seleção de plantas daninhas resistentes.
Uso de herbicidas pré-emergentes em cana-soca úmida e semisseca
O clima é um fator que pode inviabilizar a eficiência do herbicida pré-emergente.
A lavoura de cana-soca úmida, requer planejamento para aplicar em um período sem chuvas. O excesso de água no solo pode lavar o produto, e a aplicação será perdida.
Em caso de cana-soca semisseca, a aplicação deve ocorrer em uma janela onde as temperaturas não se elevem a ponto de causar a retenção do produto no solo.
Basicamente, para ter resultado em ambos os cenários, é preciso encontrar o equilíbrio e a janela adequada para realizar a operação.
Atualmente existem Diversas Ferramentas Digitais que podem ajudar a medir a umidade do solo e prever chuvas ou períodos de calor excessivo.
Alion: herbicida pré-emergente Bayer para a cana-de-açúcar
Alion É Um Herbicida Pré-Emergente Da Bayer, registrado para diversas culturas. Por conta de seu Amplo Espectro De Controle, este produto pode controlar as seguintes espécies de plantas daninhas na cana-de-açúcar:
- Capim-colonião (Panicum maximum)
- Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
- Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
- Caruru-roxo (Amaranthus hybridus)
- Capim-amargoso (Digitaria insularis).
- Capim-braquiária (Brachiaria decumbens)
- Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)
- Capim-colchão, (Digitaria horizontalis)
- Picão-preto (Bidens pilosa)
Quando aplicado, seu efeito residual de 165 dias reduz o repasse (repetição de aplicações). Como consequência, além do bom desenvolvimento inicial da cana-soca, o produtor economiza em insumos e operações no campo.
Para utilizar Alion e contar com todo seu potencial, siga estas dicas:
- O produto deve ser pulverizado sobre o solo úmido, bem-preparado e livre de torrões;
- Deve ser aplicado na pré-emergência ou pós-emergência precoce da cultura, até a fase de perfilhamento, sem a presença de colmos;
- Em cana-planta, a aplicação deve acontecer logo após o plantio;
- Em cana-soca, pode ser aplicado logo após a colheita, e na pré-emergência das plantas daninhas;
- O produto deve ser aplicado apenas uma vez por ano, com intervalo mínimo de 12 meses entre uma pulverização e outra;
- Evitar aplicar em solos enxarcados ou em períodos de grande volume de chuvas.
Para solos Leves ou Arenosos a médios recomenda-se as menores doses. Para solos argilosos ou pesados recomenda-se as maiores doses. Para conferir a dose adequada para o seu canavial, Clique Aqui E Acesse A Bula De Alion.