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Curbix no controle do bicudo-da-cana

As larvas de bicudo da cana-de-açúcar podem causar perdas de até 30 toneladas por hectare ao ano.21 de março de 2024 /// 6 minutos de leitura
Milho

O bicudo da cana-de-açúcar (Sphenophorus levis) é considerado uma das pragas mais importantes do setor canavieiro desde que foi detectado no Brasil, ao final da década de 1980. Na época, a praga causou a morte de 50 a 60% de perfilhos ainda na fase de cana-planta, em 14 municípios localizados ao redor de Piracicaba, cidade do interior de São Paulo.

De acordo com o Instituto Biológico de São Paulo, as larvas de bicudo podem comprometer até 30 toneladas da produção de cana-de-açúcar ao ano quando não são manejadas corretamente. Além disso, os danos causados por esta praga são capazes de reduzir a longevidade do canavial, gerando prejuízos a longo prazo para o produtor.

Para realizar o controle do bicudo da cana-de-açúcar, é essencial conhecer as características do inseto, e adotar boas práticas agronômicas e inseticidas eficientes.


De olho no bicudo da cana-de-açúcar

O inseto Sphenophorus levis prevalece em regiões tropicais e subtropicais. Essa praga causa danos no canavial a partir de seu processo de reprodução, que ocorre em estruturas vitais para a produtividade da planta de cana.

As fêmeas adultas de bicudo da cana-de-açúcar depositam seus ovos nos entrenós das plantas. Quando eclodem, as larvas começam a se alimentar do tecido do interior dos colmos da planta.

Ao atingir a fase adulta, as fêmeas podem ovipositar de 60 a 70 ovos em todo o seu ciclo, que dura cerca de 224 dias. Por outro lado, a longevidade média dos adultos machos é de 203 dias.

A mobilidade do bicudo da cana-de-açúcar é muito baixa, pois os adultos caminham lentamente sob o solo da lavoura. Neste contexto, artigo publicado pelo Instituto Biológico de São Paulo, revela que a praga pode ser dispersada para diferentes regiões produtoras por meio de mudas retiradas de lavouras infestadas.

Ainda segundo a instituição, o inseto apresenta dois picos populacionais durante o ano. Em dezembro ocorre o primeiro, e o segundo pico acontece com maior intensidade, entre os meses de junho e julho.

Em ataques severos, a praga pode destruir os colmos da cana, o que compromete o fluxo de nutrientes e água das plantas.

As principais consequências do ataque do bicudo da cana-de-açúcar são:

  • Morte de perfilhos.
  • Abertura para a entrada de patógenos.
  • Redução de produtividade das plantas afetadas.
  • Falha nas brotações das soqueiras.
  • Redução do estande de plantas.
  • Redução da longevidade do canavial.

Para identificar plantas afetadas pelo bicudo da cana-de-açúcar, basta procurar por sintomas, como o secamento das folhas mais velhas da planta, que evoluem e impactam as folhas mais novas.


Manejo do bicudo da cana-de-açúcar

O manejo do bicudo da cana-de-açúcar deve ser realizado a partir da integração de métodos. Conforme publicação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), é necessário realizar o manejo cultural da lavoura para evitar praga, e adotar o controle químico para reduzir a população do inseto.

As principais recomendações de manejo para controlar o bicudo da cana-de-açúcar são:

  • Realizar rotação de culturas, evitando plantas hospedeiras na área por no mínimo 3 meses.
  • Aração do solo.
  • Realizar plantio e colheita nas épocas mais adequadas.
  • Destruir completamente os restos culturais da cana.
  • Manejar plantas daninhas corretamente e plantar no limpo.
  • Manter uma boa adubação e irrigação para suprir as necessidades da cultura.
  • Adotar o sistema de plantio direto.
  • Monitoramento correto da praga.
  • Adoção de métodos biológicos de manejo de pragas.
  • Pulverização de inseticidas ao identificar o inseto na lavoura.

Como utilizar Curbix para manejar o bicudo-da-cana?

O inseticida CURBIX®, da Bayer, é um produto de contato e ingestão, do grupo químico fenilpirazol. Esta tecnologia protege a cana-de-açúcar de plantios novos do ataque de cupins (Heterotermes tenuis), e controla as pragas cigarrinha-das-raizes (Mahanarva fimbriolata) e bicudo da cana-de-açúcar em soqueiras de cana.

Para utilizar CURBIX® no manejo do bicudo da cana-de-açúcar, as recomendações são:

  • Realize o monitoramento do canavial para identificar o inseto.
  • Aplique o produto no início da brotação da soqueira ou perfilhamento da cana-de-açúcar.
  • Os alvos dessa pulverização são os dois lados da linha de plantas.
  • Realizar aplicação com volume de calda entre 100 e 400 L/ha

Para saber mais sobre estratégias que, além de proteger o canavial do ataque de pragas, podem te ajudar a obter uma produção de cana-de-açúcar de alto padrão, assista ao Impulso Negócios EP. 22:

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