Manejo do Bicho Mineiro
O Bicho Mineiro do Cafeeiro (BMC) está presente em quase todas as regiões produtoras do mundo.14 de abril de 2022 /// 3 minutos de leituraO Bicho Mineiro do Cafeeiro (BMC) (Leucoptera coffeella) é considerado a principal praga do Cafeeiro. Os danos causados pelo inseto diminuem a produção e reduzem a longevidade dos cafezais, impactando os produtores economicamente.
A praga ataca o cafezal durante sua fase lagarta. Após eclodirem dos ovos depositados pela mariposa de L. coffeella na face superior das folhas do café, as lagartas passam diretamente para o interior das folhas e ali se alimentam do tecido das duas faces da folha.
Impactos do bicho mineiro no café
De Acordo Com A Embrapa, as perdas devido ao ataque do bicho mineiro no café podem chegar em até 70%, dependendo do nível de infestação e das condições climáticas e ambientais.
O ataque do bicho mineiro diminui a taxa fotossintética da folha e provoca a queda das folhas atacadas. A desfolha das plantas atacadas ocorre de cima para baixo na planta.
Quando o bicho mineiro causa a desfolha precoce das plantas, ocorre uma redução na formação de botões florais e pegamento da florada. A consequência direta deste dano é a redução de produtividade do cafeeiro no ano seguinte.
Condições favoráveis ao ataque do bicho mineiro
As condições que favorecem a ocorrência de bicho mineiro são:
- regiões quentes e secas ou períodos de estiagem durante o ano;
- lavouras novas com maior espaçamento favorecendo a insolação da lavoura e a maior circulação de vento;
- uso intenso de inseticidas cúpricos;
- adubações excessivas com nitrogênio;
- faces ensolaradas da lavoura, topos de morro mais seco e áreas com maior presença de poeira;
- ausência de matas próximas à lavoura, dentre outros fatores.
O ataque de bicho mineiro ocorre entre os meses de dezembro e maio. A pressão do inseto no cafeeiro é maior entre janeiro e março.
Manejo do bicho mineiro no café
O manejo do bicho mineiro pode ser realizado através da utilização do controle cultural, controle genético, controle biológico e controle químico. A utilização de mais de uma metodologia de controle aumenta a eficiência de combate e diminui os danos à lavoura.
Veja quais são as principais estratégias de manejo para o bicho mineiro do cafeeiro!
Espaçamento entre plantas
A escolha do espaçamento no momento do plantio é fundamental no combate ao bicho mineiro. Plantios mais adensados diminuem a infestação da praga.
Escolha de variedade
Escolha de variedade
Manejo nutricional do cafezal
De acordo com Estudo Desenvolvido Por Sabino E Colaboradores (2018), as plantas de café adubadas com adubos organominerais apresentam redução de até 50% no ataque de bicho mineiro quando comparadas com plantas adubadas com sulfato de amônio. Segundo os pesquisadores, a redução do ataque está relacionada com a quantidade de aminoácidos livres e açúcares no sistema metabólico das plantas de café.
A adubação correta de potássio também pode ajudar a reduzir danos da praga. A deficiência de potássio nas folhas diminui a lignificação das folhas e aumenta o ataque do bicho mineiro.
Controle químico
O Controle Químico Do Bicho Mineiro pode ser realizado com inseticidas dos seguintes grupos químicos: piretroide, carbamato, diamida, espinosinas, neonicotinóide, organofosforado e fisiológicos.
Estudos realizados por Diez-Rodriguez E Colaboradores (2006) e Souza E Colaboradores (2006) demonstraram a eficácia de inseticidas no controle de bicho mineiro mesmo 170 dias após a aplicação dos produtos.
Um Ponto De Atenção Para O Cafeicultor É A Rotação De Inseticidas. A rotação de mecanismos de ação inseticidas tem como objetivo evitar a seleção de insetos resistentes.
O Cafeicultor deve iniciar as Aplicações De Inseticida quando o monitoramento identificar 20% de folhas com minas ativas (perfurações com lagartas). Em cafezais novos, a primeira aplicação deve ser realizada a partir da ocorrência das primeiras minas.
Sivanto Prime para manejo do bicho mineiro do cafeeiro
Sivanto Prime É O Inseticida Bayer Para Manejo Do Bicho Mineiro Na Cultura Do Café. O produto é sistêmico e tem como ingrediente ativo a Flupyradifurone.
Esta tecnologia pode ser utilizada de duas formas diferentes – via gotejamento ou pulverização foliar.
Veja as dicas de uso Bayer para obter melhor resultado com o produto:
Gotejamento ou esguicho
- Iniciar a aplicação no solo a partir da fase de chumbinho e expansão dos frutos, no período de maior umidade do solo, de outubro a fevereiro.
- Utilizar um volume de calda em torno de 50 mL/planta em esguicho e, no caso de gotejamento, a vazão será aquela proporcionada pelo gotejador.
- Em caso de reincidência do bicho-mineiro após o término do efeito residual, aplicar via foliar.
- Realizar no máximo 1 aplicação em esguicho ou via gotejamento por ciclo da cultura.
Pulverização foliar
- Realizar as primeiras aplicações foliares entre as fases de expansão dos frutos até maturação dos frutos (grãos cereja).
- Respeitar intervalo mínimo de 15 dias entre cada aplicação.
- Monitorar Níveis De Infestação Da Praga – pulverizar ao identificar, no máximo, 3% de folhas atacadas com larvas vivas do bicho-mineiro.
- Não aplicar durante o período de floração.
- Realizar, no máximo, 3 aplicações por ciclo da cultura.
Para conhecer melhor o Sivanto Prime e tirar dúvidas sobre estratégias de manejo do bicho mineiro do cafeeiro, procure um representante Bayer em sua região ou contate um engenheiro agrônomo de confiança.