Preços do café atingem alta histórica!
Entenda os motivos da alta nos preços e confira quais são as perspectivas para o mercado de café brasileiro29 de novembro de 2024 /// 8 minutos de leituraO mercado sustenta altas significativas nos preços do café. Em novembro, a valorização da média das cotações foi de 105,5% para o café robusta e de 74,2% para o café arábica, em relação às cotações no fechamento do último ano, segundo o indicador Cepea/Esalq.
A primeira variedade alcançou, nesta semana, um recorde histórico de R$ 1.676,59, a saca de 60 quilos. Enquanto isso, o arábica chegou a valer R$ 1.989,64 (os valores são do dia 25/11), o maior patamar real registrado desde o início da série histórica, em 1998.
A valorização do café robusta é reflexo da oferta limitada dessa variedade tanto no Brasil quanto no Vietnã, outro importante produtor global. Além disso, a produção do café arábica também é reduzida e um alto volume do grão já foi comercializado pelos produtores.
Devido ao impacto negativo que a seca prolongada causou na safra 2024/2025, o mercado agora mantém o foco no desenvolvimento da próxima temporada, já que o estado fragilizado de muitas plantas pode levar a uma oferta inferior às expectativas.
Comercialização da safra de café
Em relação à comercialização do café, o volume de vendas ganhou força nos últimos meses, impulsionado pela necessidade dos produtores em gerar receita para cobrir os custos da colheita. Além disso, a volta das chuvas e as boas floradas também contribuíram para acelerar as negociações, tanto que as exportações atingiram quase cinco milhões de sacas de café em outubro, um volume recorde para o mês, mesmo enfrentando gargalos logísticos.
Por outro lado, a recente alta nos preços, aliada ao bom ritmo de vendas, começou a diminuir a atuação dos vendedores. A valorização no mercado externo, incertezas econômicas, variações do dólar e dúvidas sobre a próxima safra de café no Brasil estão levando os produtores a adotarem uma postura mais cautelosa.
“São notícias incríveis para o mercado de café. A expectativa de produção brasileira é de 65 a 70 milhões de sacas, e com um bom preço. Se por um lado isso traz impacto negativo para os torrefadores do mercado brasileiro, que podem ter dificuldade de repassar esses preços para o varejo, por outro, temos conseguido colocar esses preços no mercado internacional, com margem até para valores maiores. Portanto, são perspectivas muito boas para um café cada vez mais diferenciado e com valor agregado", comenta o professor Marcos Fava Neves sobre as projeções para o café.
Giro de notícias
A capacidade de armazenagem agrícola no Brasil cresceu 5% no primeiro semestre, atingindo 222,3 milhões de toneladas. Mesmo assim, a infraestrutura de estocagem continua deficitária e corre risco de um colapso logístico pós-colheita.
A China reduziu as importações de milho em 87,7% e as de trigo em 66,2% em outubro. Enquanto isso, as compras de soja aumentaram 56,8%. No acumulado do ano, as importações de soja cresceram 11,2%, totalizando quase 90 milhões de toneladas, destacando a preferência crescente pelo grão.
Bayer promove o Carbon Science Talks
A Bayer realizou o Carbon Science Talks, que reuniu um time de especialistas em inovação e agricultura digital. O evento apresentou conteúdos exclusivos sobre o uso da tecnologia na evolução diária na agricultura, além das perspectivas para o futuro e o presente da inteligência artificial. O evento contou, ainda, com vários lançamentos.
Campeões em produtividade no milho
Os campeões do Concurso de Produtividade no Milho foram divulgados nesta semana, no fórum organizado pelo Grupo Tático de Aumento de Produtividade (Getap).
Foram premiados os principais resultados em produtividade para híbridos de milho na safrinha 2024. As marcas Sementes Agroceres, Dekalb e Agroeste estiveram, mais uma vez, entre as melhores.
“Acreditamos que investir em troca de experiência e conhecimento com nossos clientes é fundamental. Nos últimos anos, temos conquistado as primeiras colocações com nossos híbridos e, em 2024, a Bayer foi destaque com o AS 1868 PRO4, o AG 8701 PRO4 e, o desde sempre campeão, DKB 360 PRO3 que venceu a categoria sequeiro, com produtividade de 230 sacas por hectare", contou Marcelo Junqueira, diretor comercial Unidade Cerrados Milho na Bayer.