Perspectivas positivas para o mercado de cana-de-açúcar!

Variáveis movimentam a cadeia de cana-de-açúcar. A escassez de chuvas causada pelo fenômeno El Niño afeta os canaviais na Ásia, em importantes players globais. Na índia, a produção de açúcar deve cair 8%, segundo dados da Associação Indiana de Usinas de Açúcar.

Na Tailândia, os efeitos do evento climático também afetaram a qualidade da colheita. Na próxima temporada, a Associação dos Plantadores de Cana da Tailândia acredita que a queda na produção de cana-de-açúcar será de 18,3%, ou 17 milhões de toneladas a menos.

No Brasil, os preços do açúcar chegaram a atingir o maior nível desde o início da série histórica do Cepea, em 2013. Isso é consequência dos desafios no cenário internacional, além das questões logísticas de interrupções nas exportações da região Centro-Sul, causadas por congestionamentos portuários e chuvas.

No Paraná, o valor do Açúcar Total Recuperável (ATR), que é a referência para pagamento dos produtores, registrou alta de 4,5% em outubro, fechando em R$ 1,1044 por quilograma, de acordo com a Associação de Produtores de Bioenergia do Estado (Alcopar).

Estimativas para safra de cana no Brasil

Nesse contexto, o mercado mundial da cana-de-açúcar se mostra cada vez mais dependente do Brasil. Para a safra atual (2023/24), as estimativas indicam uma excelente temporada, mesmo com uma ligeira redução de 0,7% na produção. Já no próximo ciclo (2024/25), é estimada uma moagem recorde de 620 milhões de toneladas, segundo a consultoria Datagro. O professor Marcos Fava Neves analisa essas movimentações no mercado de cana: "No início desta safra de cana, a expectativa era de uma produção equivalente ao ciclo anterior. Mas o clima contribuiu e fechamos com 15% a mais de produção, com praticamente o mesmo custo. Portanto, contando com os excelentes preços do açúcar e o campo reagindo dessa maneira, teremos um dos melhores anos da história da nossa cana-de-açúcar em termos operacionais."

Híbrido Dekalb quebrando recorde histórico em produtividade!

O produtor Juliano José Paludo, de Toledo, no Paraná, obteve 223,67 sacas por hectare com o híbrido DKB260 PRO4, lançamento de Dekalb. Um sucesso de produtividade de milho safrinha na região Sul. "Foi uma produção completamente inesperada. Apesar do ano ter corrido muito bem, uma produção como esta é fora do comum. A Dekalb nos surpreendeu mais uma vez", conta o produtor. 

Giro de notícias

O calor gera preocupações para a safra 2024/25 de café. Enquanto produtores preveem colheita inferior, o Rabobank projeta aumento de 15,4% na produção do arábica e 0,9% para o café robusta.

As exportações brasileiras de frutas podem atingir novo recorde em 2023. De janeiro a setembro, o Brasil teve receita de 794,9 milhões de dólares, um aumento de 19%.

A colheita de milho nos Estados Unidos chega a 93% da área plantada. Os trabalhos estão atrasados em relação ao ano passado, mas seguem à frente da média dos últimos cinco anos.

Agenda da semana

Bayer e Climate Fieldview™ inauguraram a primeira unidade do Fieldview Shop, em Mato Grosso, na cidade de Primavera do Leste. No local, o produtor vai encontrar equipamentos, prescrição de sementes, defensivos da Bayer, suporte especializado para prescrições, além de realizar paradas técnicas e consultoria. A loja Fieldview Shop é uma parceria com o campo digital da Coopercitrus.

Por fim, o Doutor Agro traz os pontos para os produtores acompanharem na próxima semana:

• Câmbio

• Situação na Argentina

• Conclusão da safra nos Estados Unidos

• Impactos do clima na safra brasileira

• Logística nos portos