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Como controlar o bicudo do algodoeiro

Essa praga pode comprometer até 70% da produção da fibra. Saiba como evitar esse prejuízo na sua lavoura de algodão!
05 de março de 2025 /// 11 minutos de leitura

O bicudo-do-algodoeiro é a praga de maior incidência e com o maior potencial de danos nas lavouras de algodão do Brasil.

Ele é atrelado à fase reprodutiva da planta de algodão e tem no aparecimento do primeiro botão floral até o primeiro capulho, o período crítico de ataque.

O bicudo entra na propriedade pelas bordaduras e depois se espalha pela lavoura até o momento da colheita. “Ao controlar o bicudo desde o início até antes de V1, ou do primeiro botão, com uma pulverização de controle de bordadura, elimina-se um número significativo de adultos antes de se instalarem no restante da lavoura, ou mesmo antes de se reproduzirem”, explica Geraldo Papa, professor da Unesp de Ilha Solteira.


Ataque e sintomas do bicudo

As temperaturas cada vez mais altas contribuem para o desenvolvimento e reprodução do bicudo-do-algodoeiro, fazendo com que o controle seja ainda mais desafiador.

Os insetos adultos são de coloração cinza ou marrom, medem cerca de 7 milímetros de comprimento e possuem um bico chamado de rosto, que chega a alcançar metade do tamanho do restante do corpo. Outro traço distintivo é o par de espinhos nas pernas dianteiras.

As fêmeas, logo depois de emergirem, se alimentam do pólen por 3 a 5 dias para, então, iniciarem a postura nos botões florais, flores e maçãs do algodoeiro. Com isso, os botões perfurados ficam abertos e podem chegar a cair. Já as flores demonstram aspecto de "balão", as fibras e sementes são destruídas, e as maçãs apresentam abertura anormal, além de perfurações externas.


Como realizar o manejo

Para evitar esses estragos, o manejo integrado do bicudo-do-algodoeiro deve ser regionalizado e não apenas pontual. Ou seja, exige uma ação conjunta entre todos os agricultores da região para que os resultados não sejam prejudicados.

“O manejo químico é a principal arma do produtor para o controle do bicudo, associado ao manejo da safra e da entressafra.”

E quando o assunto é o controle do bicudo-do-algodoeiro, Curbix® é a melhor opção para esse momento. “Curbix® é um fenilpirazol, inseticida pertencente ao grupo 2B, que age por conta e ingestão. Esse é um de seus grandes diferenciais, já que a maioria dos outros produtos agem apenas por contato. Essa característica, portanto, aumenta consideravelmente a eficiência no controle dessa praga,” conta Daniel Hernandez, gerente de Marketing Algodão Brasil.

Com Curbix®, os produtores obtêm um efeito de choque e longo período de controle. “Por ter essa ação muito consistente contra o bicudo, ao ser contaminado, o inseto tem um nível de controle rápido, em um período curto. O que é muito relevante para uma praga tão agressiva,” acrescenta o profissional da Bayer.


Outras dicas para o controle da praga

Outra dica importante para o manejo do bicudo é a destruição das soqueiras. O uso de herbicidas dessecantes no pós-colheita pode evitar tigueras de algodão ou pontes verdes, que poderiam servir de alimento para o bicudo-do-algodoeiro.

Aliado a essa técnica, o vazio sanitário deve ser respeitado nas propriedades, visando também a redução da pressão da praga na temporada seguinte.

Em um período de 60 a 90 dias, a presença de plantas de algodão no campo é proibida, justamente para evitar a reprodução durante a entressafra.

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