Milho: como manejar daninhas na pós-colheita?

O manejo de daninhas na pós-colheita do milho ajuda a preparar a área para receber a próxima cultura, que deve ser semeada no limpo. Isso significa que não deve haver resíduos vegetais que possam competir futuramente por água, nutrientes e luz solar, ou até mesmo servir como hospedeiros para o desenvolvimento de pragas e doenças na lavoura.

"Quando chegar esse momento de pós-colheita, o produtor precisa ter, primeiramente, o planejamento do que será feito na área. Se for implementar uma cultura, ele pode fazer o manejo químico, cultural ou mecânico para que essa planta não vá ter uma competição inicial com a cultura", esclarece Décio Karam, pesquisador da Embrapa. 

Sem o manejo adequado, a cultura subsequente pode não obter as condições ideais para o seu desenvolvimento e enfrentar desafios que afetam a produtividade.

Estratégias de manejo de pragas e doenças

Existem várias ações que o produtor pode adotar na hora de manejar pragas e doenças no milho. A primeira é o controle de pragas iniciais, pois insetos podem sobreviver na palhada depois da colheita e migrar para a próxima cultura.

As pragas do milho devem ser controladas para evitar prejuízo durante os estágios iniciais da próxima cultura. 

A segunda ação é o controle do banco de sementes de plantas daninhas. Ele pode ser liberado no solo antes mesmo da colheita do milho verão. Essas sementes podem originar plantas invasoras que vão competir com a próxima cultura por luz, água e nutrientes.

O controle de tigueras também é importante. As falhas na colheita podem deixar algumas plantas de milho para trás ou grãos caídos no solo, que dão origem a plantas tigueras. Elas devem ser manejadas para evitar que as pragas e doenças continuem seus ciclos de desenvolvimento.

A quarta ação é o manejo de plantas daninhas resistentes. A rotação de herbicidas para realizar a dessecação é a melhor forma de controlar espécies resistentes de plantas daninhas. No entanto, não é possível realizar essa estratégia durante a safra por conta do uso de herbicidas não seletivos ao milho. 

Após a colheita, sem nenhuma cultura na lavoura, essa prática é muito mais produtiva. E aqui vai um outro alerta: existem espécies de plantas daninhas de difícil controle, uma vez que produzem muitas sementes que podem ser facilmente espalhadas pelo vento.

Uma planta adulta de buva, por exemplo, pode produzir até 200 mil sementes, enquanto uma touceira de capim-amargoso, em um único fluxo, pode produzir cerca de 6 mil sementes por planta. O picão-preto, com apenas uma planta, pode produzir mais de 5 mil sementes. 

Por isso, realizar essas técnicas são cruciais para aumentar a lucratividade e a sustentabilidade da agricultura, promovendo a economia de recursos financeiros e materiais. 

Manejo químico na pós-colheita

É válido ressaltar ainda a importância do monitoramento das plantas daninhas, o que irá garantir o uso adequado dos produtos no momento certo. 

Após identificar as espécies indesejadas, você pode consultar um agrônomo confiável para receber orientações sobre a rotação adequada de herbicidas, inseticidas e fungicidas. Para o manejo pós-colheita do milho, na maioria dos casos, os herbicidas utilizados são à base de glifosato.

Roundup® é a marca pioneira na síntese do glifosato, que possui uma linha de produtos voltada ao controle de plantas daninhas. Foi o seu desenvolvimento que possibilitou a implantação do plantio direto, uma técnica extremamente valiosa para o segmento agrícola.

"Na agricultura brasileira, todo esse sucesso oriundo do plantio direto não seria possível sem o Roundup®", comenta Sebastião Rodovalho, sócio-proprietário Trisolo, de Catalão, GO.

Para uma boa aplicação de herbicidas é necessário considerar a temperatura e a umidade relativa do ar adequadas. Isso porque, sob reduzida umidade relativa, diminui-se o tempo de absorção dos produtos, reduzindo a sua eficiência.