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O que você precisa saber para um eficiente controle das doenças?

Fique por dentro de como se prevenir das principais doenças que podem devastar a sua lavoura17 de julho de 2022 /// 5 minutos de leitura

De um lado o agricultor, do outro, as temidas doenças que prejudicam a lavoura. Se o produtor não quer perder essa luta, precisa nocautear esses inimigos, e o impulso Negócios trouxe dicas para vencer esse combate!

Os fungos que estão presentes no solo, em restos culturais ou em plantas hospedeiras ameaçam as culturas agrícolas. Pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo, ESALQ-USP, estimam que 10% de todas as espécies conhecidas desses microrganismos podem gerar algum tipo de problema.

A transmissão desses patógenos para plantas saudáveis pode ocorrer por mecanismos distintos, mas acontece principalmente pelo transporte de materiais contaminados, sementes e mudas ou fragmentos de solo. Geralmente períodos chuvosos com alta umidade relativa do ar desenham condições altamente favoráveis ao desenvolvimento desses microrganismos.

José Belasque, professor de Fitopatologia da ESALQ – USP explica que essas doenças provocam desfolha - queda de folhas - e esse é o principal aspecto que faz com que o potencial produtivo das plantas afetadas reduza, porque não vão conseguir realizar a produção de energia e fotoassimilados.

Dessa forma, o primeiro passo para realizar um programa de controle de doenças é a correta identificação do problema.

Doenças principais

Dentre as principais doenças da soja e suas características está a ferrugem asiática (Phakopsora pachyrizi) que tem alto potencial de danos e, segundo o Consórcio Antiferrugem, pode provocar reduções de até 90% na produtividade. Além disso, causa desfolha precoce, o que prejudica na formação dos grãos, tendo perda de rendimento e qualidade. O vazio sanitário, período pré-determinado de 60 dias em que o campo deve ficar sem plantas vivas, é uma das importantes estratégias de manejo dessa doença.

A antracnose (Colletotrichum truncatum) se destaca como um dos grandes problemas enfrentados na região do cerrado, a doença afeta a fase inicial de formação das vagens, causando queda total ou deterioração das sementes quando há atraso na colheita da soja.

Outra doença que, safra após safra, tem mostrado alto potencial de dano é a mancha alvo (Corynespora cassicola), está presente em praticamente todas as regiões de cultivo de soja do Brasil. Os primeiros sintomas são caracterizados por pequenas manchas circulares com halo amarelado e um ponto negro no centro. O momento das lesões em camadas circulares dá o aspecto de um alvo. Em cultivares suscetíveis e condições de clima favorável a evolução da doença pode ser rápida, induzindo desfolha prematura. As perdas estimadas com essa doença vão de 15 a 25%, segundo estudo realizado pela Divisão Agrícola da Bayer.

O mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum) é outro grande inimigo das lavouras de soja no Brasil, sendo responsável por perdas de até 30% na produção, conforme estudo realizado pela Divisão Agrícola da Bayer .Ele ataca diversas partes da planta, causando podridão e seca das folhas. O período crítico para infecção inicia com a floração.

Quanto mais cedo as doenças ocorrerem na cultura, maiores serão os danos e mais cedo o produtor terá que entrar com medidas de controle adicionais, como o uso de fungicidas.

Já na cultura do algodão (Ramularia areola) o principal inimigo a ser combatido é a mancha de ramulária. Estudo realizado pela Divisão Agrícola da Bayer aponta que, além de reduzir em 35% a produtividade das lavouras, ele danifica a fibra do algodão levando a perdas significativas na qualidade do produto final (Agro Bayer Brasil).

Estratégias de controle

Para um manejo eficiente das doenças encontradas na lavoura o ideal é combinar diferentes técnicas de controle e manejo com métodos genéticos, culturais, físicos, biológicos e químicos. O produtor precisa aplicar o manejo integrado, não há uma única medida de controle que vai ser efetiva sempre, é necessário adotar mais de uma medida, que são complementares, e isso deve ser planejado.

O manejo integrado de doenças traz um repertório de ações recomendadas como: rotação de culturas, manutenção de áreas de pousio, uso de cultivares resistentes a doenças típicas da região, plantio de sementes sadias e certificadas, respeito ao calendário de plantio regional, controle de plantas daninhas invasoras, manutenção da cobertura vegetal do solo, adubação, fertilização, controle biológico e manejo de fungicidas.

É importante ressaltar que cada medida adotada na propriedade precisa estar em sintonia com as características e recomendações de um engenheiro agrônomo para uma maior eficiência no controle.

Augusto Montani, diretor agrícola do Grupo Montani em Luís Eduardo Magalhães – BA, tem um histórico de problemas com a ferrugem asiática (Phakopsora pachyrizi) na soja, que começou há aproximadamente 20 anos atrás. Atento aos sintomas e sinais da presença de doenças no campo, Augusto monitora de perto a lavoura e para isso conta com a agricultura digital como aliada, o que permite maior assertividade nos diagnósticos, planejamento das ações e utilização de técnicas preventivas e personalizadas para proteção dos cultivos.

A plataforma Climate FieldView™ conta com o apoio de diversas funcionalidades que possibilitam o acompanhamento da lavoura com dados precisos que auxiliam a tomada de decisão mais efetiva por parte do agricultor.

Além disso, Augusto ressalta que o monitoramento da lavoura é praticado através dos monitores que correm as áreas periodicamente após o plantio. Quando chega a época que sabem que tem mais incidência, entram com aplicação calendarizada, começando com uma molécula mais simples, e depois de 14 - 15 dias com o Fox Xpro.

O Fox Xpro é um importante aliado do produtor nesse momento, com uma fórmula que possui três modos de ação e três ingredientes ativos, atua nas diferentes fases do ciclo de vida dos fungos, proporciona mais sanidade às plantas e um maior potencial produtivo.

Robson Lira, Representante Técnico de Vendas Bayer, destaca que com o Fox Xpro, o agricultor terá uma melhor experiência e confiança. Além disso, ele agrega também em sua formulação dentro do produto, a Liefshield, que protege as folhas da planta. Com isso, o agricultor terá uma melhor atuação dentro da sua lavoura no controle de fungos e assim terá mais eficiência, com experiência tanto na soja quanto no algodão.

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