O que pode ser produzido a partir do algodão?

O algodão é uma das culturas mais apaixonantes do agronegócio. Seja pela rentabilidade ou pela tradição, o cotonicultor que persiste no negócio enfrenta inúmeros desafios a cada safra, mas não abandona o ouro branco.

Com os preços da commoditie em alta em 2022, o Brasil disputa espaço no pódio mundial De produtores de algodão com a Índia, China, Estados Unidos, e Paquistão. De acordo com CEPEA/ESALQ (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o preço da pluma tipo 41-4 em 18 de maio está cotado a R$ 267,81/@ em São Paulo. Já o preço do caroço de algodão está cotado a R$2.180,00/T no mesmo estado, segundo a consultoria CMA.

De acordo com a CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), o atual preço do algodão é o mais alto em 11 anos.

Correspondendo a este incentivo do mercado, estimativas do último boletim de acompanhamento de safra da CONAB indicam que a área plantada da safra de algodão 2021/22 pode chegar a 1.601,6 milhões de hectares, o que representa um aumento de 16,9% em relação à safra anterior. Ainda segundo a companhia, estima-se que os cotonicultores brasileiros produzam 2.820,1 milhões de toneladas de algodão, número 19,5% maior do que o da safra passada.

Você já parou para pensar no que pode ser produzido com tanto algodão? Certamente, lhe veio à mente tecido, roupas ou utensílios de enfermagem. Pois saiba que com a fibra e o caroço de algodão é possível produzir até maionese.

Você sabia?
Segundo a consultoria de mercado StoneX, de todo o peso da planta de algodão, cerca de 39% é pluma e 61% é caroço de algodão. De 18% a 25% da composição do caroço de algodão é óleo e 20% a 25% é proteína bruta.

Saiba agora o que é possível produzir com estes dois produtos originados na planta de algodão!

Para que seja utilizada na indústria, a fibra deve atender a um padrão comercial que corresponde a características qualitativas, como comprimento, espessura, maturidade e resistência de acordo, além de baixíssimos índices de impureza.

De acordo com a AMIPA (Associação Mineira dos Produtores de Algodão), a fibra do algodão é a principal matéria-prima para produção de roupas íntimas, esportivas ou profissionais, acessórios e calçados. Além disso, a fibra possibilita a produção de roupa de cama, mesa e banho, tapetes, passadeiras, revestimento de pavimentos, tecidos decorativos e revestimento de móveis.

Para se ter ideia, a AMIPA estima que com um fardo de algodão (225 kg), é possível produzir 21.960 lenços, 215 calças jeans, 1.217 camisetas, 4.321 meias, 2.104 cuecas ou 756 camisas.

Para cada 4.500 kg de algodão (300 @), são produzidos 1.800 kg de pluma e 2.685 kg de caroço.

Na medicina, os produtos que utilizam a matéria-prima do algodão são gaze, algodão medicinal, fio cirúrgico, atadura, prótese, suturas, máscaras e itens de higiene pessoal. Não podemos esquecer de luvas, embalagens, outros tecidos e derivados, como lonas e barracas, toldos, velas, redes e sacas, enchimentos, fios industriais, dinheiro, papel, filtro de café e telas para pintura.

Segundo o portal Sou de Algodão, o caroço de algodão é consumido no mercado em 3 formatos principais:

• Óleo cru: é base para produção de biodiesel, borra e óleo refinado. Com o óleo refinado é possível produzir óleo de cozinha, margarina e maionese. Com a borra do óleo cru pode ser produzido sabão, glicerina, ração para animais e ácidos graxos - amplamente utilizados na indústria alimentícia, farmacêutica e cosmética.
• Farelo: pode ser utilizado como ração animal para ruminantes e adubo. Os animais podem consumir o alimento sem nenhum tipo de beneficiamento.
• Sementes deslintadas: são utilizadas para o plantio de novas safras.

Para produzir algodão com qualidade e rentabilidade, conte com as soluções Bayer, que agora integram uma novidade para o cotonicultor: o Bollgard® 3 RR Flex, nova biotecnologia Bayer, que traz tolerância ao herbicida glifosato e proteção contra as principais lagartas da cultura do algodão, além de incrementar a proteção contra complexos Spodoptera e Helicoverpa.