Fluxos de emergência e o controle de plantas daninhas nos canaviais
Podendo ser responsáveis por até 80% de perdas, o controle de plantas daninhas na cana-de-açúcar deve ser realizado ao longo de todo o ciclo com estratégias diversificadas17 de julho de 2022 /// 3 minutos de leituraConhecer o histórico de ocorrência de plantas daninhas é a premissa básica antes de aplicar qualquer herbicida na cana-de-açúcar. É necessário conhecer quais espécies estão presentes, qual o nível de infestação, o tipo de solo, qual o melhor posicionamento e a melhor tecnologia de aplicação para que o controle seja eficaz. Algumas plantas daninhas se destacam devido a maior ocorrência, como por exemplo as espécies de braquiárias (Brachiaria spp.), o capim colonião (Panicum maximum) e o capim colchão (Digitaria horizontalis). As braquiárias estão presentes em mais de 50% das indicações de controle.
Muitas das áreas de expansão da cana-de-açúcar na região sudeste foram implantadas em áreas ocupadas anteriormente por pastagens. Dessa forma, a pressão do banco de sementes de plantas daninhas é enorme. Do mesmo modo, algumas áreas de cana foram implantadas em locais cultivados anteriormente com soja. Nessas áreas surgem, além das gramíneas, alguns problemas com espécies de folha larga, como o leiteiro (Euphorbia hetrerophylla) e corda de viola (Ipomoea spp.).
A aplicação de herbicidas após o início das chuvas é uma prática muito utilizada e que reflete em um controle eficiente de plantas daninhas na cana-de-açúcar. No entanto, trata-se de uma cultura que apresenta longo ciclo e período de colheita, podendo se estender de abril à dezembro, e devido a isso há dificuldades em concentrar as aplicações de herbicidas somente na estação chuvosa. Isso tem levado os produtores a aplicar herbicidas também no período seco, a fim de que persistam no solo até o início das chuvas.
Na época seca do ano (maio, junho, julho e agosto) a aplicação de herbicidas pode ser realizada em pré-emergência, oferecendo vantagens no controle do banco de sementes e redução dos fluxos de emergência de plantas daninhas. Os herbicidas devem apresentar bom residual, alta solubilidade em água e fraca, ou moderada, adsorção ao solo, para que, mesmo na condição de baixa umidade, possam ficar disponíveis e ser absorvidos pelas plântulas após início da germinação.
No caso de áreas colhidas de forma mecanizada, a quantidade de palha acumulada afeta consideravelmente na redução da emergência de plantas daninhas, especialmente gramíneas. Por outro lado, algumas espécies mais bem adaptadas às condições de cobertura do solo, como por exemplo E. heterophylla e Ipomoea spp., tem tido aumento significativo de infestações. A presença de palha de cana na superfície do solo em quantidades menores que 15 e 20 t ha-1 para E. heterophylla e Ipomoea spp., respectivamente, não afetam a emergência das plântulas dessas espécies.
Herbicidas com ação em pré-emergência no solo podem ser pulverizados no período de soca seca visando prevenir a emergência de plantas daninhas, e para aqueles que possuem longo residual, promovem a prevenção de novos fluxos de emergência. Entre 90 e 120 dias após o corte da cana, ocorre o maior fluxo de emergência de plantas daninhas, independente da época de colheita. Alguns herbicidas, frente à determinados alvos, mesmo aplicados no período seco, podem dispensar a complementação de controle na época úmida. Outros casos, o controle no período de chuvas poderá ser necessário, porém será beneficiado pela antecipação na época seca.
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