Blog do Agro

Ferramenta inovadora para vencer plantas daninhas.

Dentre as plantas daninhas na cana-de-açúcar, o capim-colchão e a braquiária são espécies que tem demandado atenção.16 de julho de 2022 /// 3 minutos de leitura

A cultura da cana-de-açúcar (Saccharum officinarum) é de grande importância sócio econômica para todo o Brasil. A obtenção de elevadas produtividades depende de um manejo adequado de plantas daninhas, que competem eficientemente com a cultura por água, radiação solar, nutrientes, espaço e ainda podem interferir negativamente no crescimento da cultura através da produção de compostos alelopáticos. Assim, a mato-competição causa entre 20% e 80% de perdas produtivas, que varia de acordo com a quantidade de plantas infestantes presentes na área, as espécies ocorrentes e o tempo de convivência com a cultura. Além disso, o período crítico de mato-competição é bastante longo (em geral dos 30 aos 90 dias após o plantio), uma das características inerentes ao cultivo da cana e seu desenvolvimento.

Dentre as espécies de plantas daninhas que ocorrem nesta importante cultura destacam-se duas gramíneas, o capim-colchão (complexo de algumas espécies do gênero Digitaria) e o capim-braquiária (Brachiaria decumbens), grandes competidoras da cana-de-açucar e redutoras da produtividade.


Porque estas plantas daninhas causam prejuízo ao cultivo da Cana?

Como pode ser notado, tanto o capim-colchão quanto a braquiária são plantas na mesma família da cana-de-açucar (Poaceae), fato relacionado a maior dificuldade para controlá-las sem causar danos na cultura. No Brasil, as duas espécies ocorrem em praticamente todas as regiões produtoras de Cana. São espécies de crescimento rápido e com grande capacidade de proliferação, o que denota uma atenção especial para o devido controle e manejo destas espécies.


Como manejar eficientemente essas plantas?

Uma boa opção em cana é o uso de herbicidas pré-emergentes. Alguns desses herbicidas podem oferecer um longo período residual, o que é extremamente benéfico já que a cana possui um longo ciclo e demora até fechar a entrelinha. A utilização de pré-emergentes deve ser bastante criteriosa, respeitando fatores como a correta aplicação do herbicida, aplicação de doses adequadas em relação ao tipo de solo e aplicação no limpo, principalmente, já que esses herbicidas possuem ação prevenindo a emergência de plantas e não sobre plantas já emergidas.


Existem ferramentas novas no mercado?

Profissionais do setor sucroalcooleiro têm a sua disposição um novo herbicida para uso, cujo ingrediente ativo é o Indaziflam. Esse herbicida possui mecanismo de ação inédito e diferente dos outros já utilizados na cultura da cana-de-açúcar, sendo assim uma excelente opção de manejo. O uso de Indaziflam contribui efetivamente para a rotação de mecanismos de ação de herbicidas na cana, configurando assim uma boa prática de manejo na prevenção da ocorrência de plantas daninhas resistentes. Além disso, Indaziflam possui um amplo espectro de controle de plantas daninhas, controlando espécies de folhas estreitas e folhas largas.

O Indaziflam destaca-se também pelo elevado período residual de controle, protegendo a produtividade nos períodos mais críticos de competição das plantas daninhas com a cana, já que a cultura demora para fechar a entrelinha. O elevado residual de Indaziflam oferece benefícios que vão além da questão técnica, como por exemplo, proporcionando maior tranquilidade ao agricultor e agilidade, por reduzir o número de entradas na lavoura, o que dispensa maquinário e mão-de-obra que poderão ser usados em outras atividades.



Autor: Instituto Phytus

Foto 1: Eng. Agro. Alexandre Coelho

Foto 2: Eng. Agro. Paulo Vohlk

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