Tecnologias de aplicação de defensivos: regulagem e calibragem
A tecnologia de aplicação é o fator que vem diminuindo os custos de produção para os diferentes tipos de lavouras. Aprenda aqui todos os detalhes desse processo20 de julho de 2022Com o avanço tecnológico, mais os pesquisadores buscam diferentes maneiras de aumentar a produção e evitar o desperdício nas lavouras. Para isso, pequenos fatores devem apresentar bons resultados finais.
Esse é o caso da tecnologia de aplicação, uma maneira de otimizar a pulverização agrícola, evitando desperdícios. Neste artigo, confira dicas para realizar uma boa aplicação de diferentes compostos em sua lavoura.
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O que é tecnologia de aplicação?
A tecnologia de aplicação consiste na utilização de diferentes técnicas para otimizar a ingestão de compostos agrícolas em sua plantação, tais como:
- Herbicidas;
- Defensivos agrícolas;
- Nutrientes.
A adoção dessas técnicas para a aplicação dos reagentes resultam em maior prosperidade dentro da lavoura; elevando a produção e diminuindo potenciais problemas coopem a propagação de pragas e ervas daninhas.
Para uma aplicação eficaz, são levadas em consideração diferentes fatores, como:
- Diâmetro da gota;
- Velocidade da aplicação;
- Formato do jato de pulverização;
- Espaçamento entre os bicos;
- Evaporação e deriva da calda.
O uso do DMV para a tecnologia de aplicação
O DMV (Diâmetro Mediano Volumétrico) é a sigla utilizada para calcular o tamanho das gotas de uma pulverização. Essa medição é realizada em milímetros e é um dos fatores mais importantes para uma boa aplicação.
As gotas são classificadas em 6 principais tamanhos:
- Muito finas;
- Finas;
- Médias;
- Grossas;
- Muito grossas;
- Extremamente grossas.
Cada tipo de gota é usado de acordo com o objetivo da aplicação. Por exemplo:
- As gotas pequenas (finas e médias) são recomendadas para cobrir uma maior área de atuação. Porém, essas partículas são leves e estão propensas à deriva e evaporação com mais facilidade.
- Gotas grandes (Grossas e muito grossas) é utilizada na aplicação de um maior volume de calda para a mesma área de cobertura. Ajudando as partículas do produto a chegarem facilmente nas partes baixas da planta ou até mesmo no solo.
Sendo assim, as gotas pequenas são frequentemente utilizadas no caso de adubação foliar, em que é necessário que a calda atinja as folhas. E as gotas grandes são comumente adotadas no caso de herbicidas.
Pontas de pulverização e seus diferentes resultados
As pontas de pulverização são as responsáveis por regular o DMV. Porém, não é somente isso, elas também definem a intensidade e ação do jato.
Cada formato do jato apresenta uma diferente aplicação, como:
- Bico de impacto: Jato de baixa pressão e gotas grandes, comumente utilizado na aplicação de herbicidas;
- Bico de leque: Utilizado para a pulverização de superfícies planas como o solo e paredes;
- Bico de cone: Geralmente utilizado na pulverização de folhagens nas partes mais altas da planta.
Para saber o melhor bico a se escolher, é necessário analisar qual será seu uso. Cada um tem a ação eficaz em diferentes partes da plantação — alta, média e baixa —, conforme apresentado acima.
Diferenças entre aplicação e pulverização
De acordo com o manual de tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários produzido pela ANDEF (Associação Nacional de Defesa Vegetal) e o COGAP (Comitê de Boas Práticas Agrícolas):
- Pulverização: processo físico-mecânico de transformação de uma substância líquida em partículas ou gotas;
- Aplicação: deposição de gotas sobre um alvo desejado, com tamanho e densidade adequadas ao objetivo proposto.
Diferenças entre regular e calibrar o equipamento
Ainda de acordo com o manual de tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários:
- Regular: ajustar as peças constituintes da máquina de acordo com a cultura e o produto utilizado. Por exemplo: ajuste da velocidade, tipo de ponta, espaçamento dos bicos, altura da barra etc;
- Calibrar: averiguar a vazão das pontas, determinar o volume de aplicação e a quantidade de produto a ser colocada no tanque.
Fatores que interferem na tecnologia de aplicação
Pragas e doenças
De acordo com os biótipos que infestam as lavouras, são utilizados diferentes produtos, dosagens e métodos de aplicação. Reconhecer a espécie da praga e o estágio da infestação é essencial para saber como eliminá-la.
Local de ação da praga
O local de ação se diz a respeito do lugar em que a praga se aloja na planta. Por exemplo, foliares aéreos, caules medianos ou até mesmo debaixo do solo.
Lembre-se que bicos de diferentes formatos atingem áreas específicas das plantas, escolha-o de acordo com cada situação.
Clima
Ventos fortes ocasionam a deriva dos produtos pulverizados na plantação. É comum que em áreas de frequentes ventanias seja utilizado gotas mais grossas na aplicação da calda.
Outro problema relacionado ao clima é a evaporação das partículas de pulverização. Esse fenômeno acontece por conta das altas temperaturas presentes em diferentes regiões do país, causando prejuízos consideráveis para os produtores.
Equipamentos
Diferentes equipamentos apresentam suas respectivas maneiras de gerar gotas e pulverizar a plantação. Utilizar o acessório certo, de acordo com sua ocorrência, é um dos principais fatores que influenciam a tecnologia de aplicação de defensivos.
Produtos
Para cada problema, existe uma solução. Portanto, certifique-se que você está utilizando o composto certo de acordo com cada situação.
Evite o uso repetitivo das substâncias para eventuais pragas e plantas daninhas, isso pode ocasionar possíveis resistências nas infestações desses biótipos.
A importância da tecnologia de aplicação
A tecnologia da aplicação propõem a utilização correta das práticas de pulverização e aplicação de defensivos agrícolas entre outros compostos. Isso gera uma grande economia de dinheiro, além de proporcionar uma lavoura mais homogênea e livre de pragas.
O tamanho das gotas ou o formato do bico são simples mudanças que resultam em grande ajuda na produção agronômica. Quer aprender mais? que tal dar uma olhada em 8 cuidados básicos com o pulverizador.