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Manejo pré-emergente na soja: foco nas plantas daninhas de folhas largas resistentes

Segundo a EMBRAPA, plantas daninhas causam, em média, cerca de 15% de perdas quando não manejadas adequadamente.05 de agosto de 2024 /// 15 minutos de leitura
manejo plantas daninha

Várias espécies de plantas daninhas são encontradas em lavouras de soja. A maioria delas pode se multiplicar e se espalhar rapidamente pela área, abrigando pragas e doenças. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), as plantas daninhas podem comprometer até 90% da produção de soja quando não são manejadas corretamente.

Para sobreviver e se perpetuar na lavoura, as plantas daninhas competem com a soja por água, luz e nutrientes. Este processo é conhecido como “matocompetição”.

De modo geral, quando a cultura da soja emerge antes das plantas daninhas, o manejo com herbicidas pode ser otimizado. Por outro lado, muitas perdas podem ser causadas quando as plantas daninhas emergem antes ou durante a emergência da soja, causando a matocompetição.

Segundo publicação da Universidade Estadual Paulista (UNESP), uma das principais estratégias para evitar a matocompetiação na cultura da soja é o manejo pré-emergente de plantas daninhas.

No entanto, algumas espécies de plantas daninhas têm desafiado ainda mais os agricultores devido à resistência a herbicidas. O mercado e a academia apontam que o surgimento de plantas daninhas resistentes é uma das consequências do uso indiscriminado de herbicidas.

Considerando este cenário, como realizar o manejo pré-emergente na soja com o foco nas plantas daninhas de folhas largas resistentes?

Uma das alternativas para o manejo de plantas daninhas resistentes é a PLATAFORMA INTACTA2 XTEND®, da Bayer. Integrando a biotecnologia de sementes INTACTA2 XTEND®, o herbicida XTENDICAM® e o adjuvante XTEND® PROTECT2, a plataforma ajuda o sojicultor a realizar o manejo pré-emergente de plantas daninhas de folhas largas resistentes.

Continue esta leitura para saber mais sobre o manejo pré-emergente de plantas daninhas de folhas largas resistentes com a PLATAFORMA INTACTA2 XTEND®.


O que são plantas daninhas resistentes

De acordo com publicação técnica da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária da Universidade Estadual Paulista (FCAV/UNESP), a resistência de plantas daninhas ocorre quando um ou mais herbicidas com o mesmo mecanismo de ação são aplicados com muita frequência na lavoura. Este advento elimina plantas suscetíveis enquanto os biotipos resistentes de uma mesma espécie sobrevivem e se multiplicam.

A partir desse advento, as plantas daninhas resistentes conseguem sobreviver e se reproduzir mesmo após a aplicação de uma dose de herbicida que, na maioria dos casos, controlaria uma população normal de determinada espécie.


Plantas daninhas de folhas largas resistentes

Segundo a EMBRAPA, 27 espécies de plantas daninhas já foram registradas como resistentes a herbicidas utilizados no Brasil. O caruru (Amaranthus sp.), a corda-de-viola (Ipomoea ssp.) e o picão-preto (Bidens pilosa) figuram entre as principais espécies de plantas daninhas de folhas largas resistentes que afetam a produção de soja no Brasil.


Conheça as características mais relevantes dessas plantas daninhas:

Caruru
O caruru é uma planta anual, com caule ereto e cores que variam do verde ao vermelho-púrpura. Segundo o “Manual de identificação de plantas daninhas”, da EMBRAPA, as folhas do caruru são ovaladas e levemente onduladas, e se concentram em maior volume na parte superior da planta.

As inflorescências do cururu são espigas cilíndricas que se desenvolvem na parte terminal do caule.

Uma única planta de caruru pode produzir de 100.000 a 150.000 sementes, que se dispersam facilmente pelo ar. Ainda de acordo com a EMBRAPA, em 1m², uma planta de caruru pode comprometer cerca de 5% da produtividade da soja.


Corda-de-viola
A corda-de-viola é uma planta trepadeira anual, que se emaranha sobre as plantas vizinhas. Além de competir com a cultura, a cor-da-viola afeta a colheita da soja ao se enrolar nas estruturas do maquinário durante a operação.

As folhas da corda-de-viola têm forma de coração, mas também podem ser vistas alongadas, como uma ponta de lança. As flores são brancas na base e vermelhas no centro, e emergem do ponto onde as folhas se ligam aos ramos.

Os frutos da corda-de-viola se parecem com capsulas, que armazenam cerca de quatro sementes.

Conforme estudo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a corda-de-viola pode reduzir até 45% da produtividade da soja.


Picão-preto
O Picão-preto é uma das plantas daninhas mais comuns em lavouras de diversas culturas.

Uma única planta de picão-preto pode disseminar até 6 mil sementes. Na maioria dos casos, as sementes da planta se espalham ao grudar na pelagem de animais, humanos ou maquinários.

O picão-preto pode matar as plantas de soja mais jovens e causar a desnutrição da lavoura em caso de matocompetição. Quando não é manejado corretamente, o picão-preto pode reduzir até 60% da produção da soja.


O manejo pré-emergente de plantas daninhas da soja

O manejo pré-emergente de plantas daninhas é realizado com herbicidas residuais. O objetivo desse manejo é controlar espécies de plantas daninhas que podem emergir junto com a cultura da soja, afetando o arranque inicial da cultura.

O processo do manejo pré-emergente ocorre da seguinte forma:

  • Primeiro ocorre a dessecação pré-plantio, que elimina as plantas daninhas grandes presentes na área e permite o plantio da soja no limpo.

  • Um pouco antes ou logo após o plantio da soja, é realizada pulverização do herbicida pré-emergente com efeito residual.

  • O herbicida residual cria uma camada sob o solo que controla as plantas daninhas que germinam.

  • As plantas de soja conseguem emergir e se desenvolver sem a matocompetição.

Quando o manejo pré-emergente é realizado corretamente, as plantas de soja têm tempo o suficiente para se estabelecer com vantagens sobre as plantas daninhas. Essa operação também reduz a emergência de plantas daninhas durante a safra, o que facilita o manejo pós-emergente com herbicidas seletivos.


A Plataforma Intacta2 Xtend no manejo pré-emergente de plantas daninhas de folhas largas resistentes

A PLATAFORMA INTACTA2 XTEND® é importante para o manejo pré-emergente de plantas daninhas de folhas largas resistentes, porque integra três recursos indispensáveis para a eficiência da operação:

  • INTACTA2 XTEND®
    Diversas cultivares produzidas pela Bayer contém a biotecnologia INTACTA2 XTEND®, que protege a lavoura do ataque das principais lagartas da cultura da soja. Além disso, plantas com essa biotecnologia são tolerantes aos herbicidas ROUNDUP® e XTENDICAM®, o que é fundamental para um bom manejo de ervas daninhas resistentes.

  • XTENDICAM®
    O XTENDICAM® é um herbicida pré-emergente à base de Dicamba, que controla mais de 270 espécies de plantas daninhas de folhas largas. O produto é eficaz no manejo de plantas daninhas de folhas largas resistentes, como caruru, corda-de-vila, picão-preto e buva (Conyza bonariensis).

  • XTEND® PROTECT2
    O XTEND® PROTECT2 é um adjuvante redutor de deriva e volatilidade de Dicamba, que conta com a exclusiva tecnologia VAPORGRIP®. O produto proporciona mais assertividade na aplicação e maior precisão no controle das plantas daninhas.

Ao utilizar a PLATAFORMA INTACTA2 XTEND®, o sojicultor pode proteger o arranque inicial da lavoura de soja e otimizar o manejo de pragas e plantas daninhas ao longo da safra. Além disso, por meio do IX2LAB®, a plataforma também oferece capacitação para que os produtores obtenham os melhores resultados com as tecnologias INTACTA2 XTEND®, XTENDICAM® e XTEND® PROTECT2.

Para conhecer todas características e benefícios das tecnologias da PLATAFORMA INTACTA2 XTEND® clique aqui.

Assista ao Impulso Negócios EP. 31 para saber mais sobre como a biotecnologia pode aumentar o patamar de produtividade da sua lavoura:

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