Mofo-branco na soja: como identificar, quais as causas e como prevenir sua lavoura
O mofo-branco na soja, uma das doenças fúngicas mais destrutivas, pode causar perdas significativas na produção se não for controlado. Conhecer os sintomas e as principais medidas de prevenção é fundamental para proteger a lavoura e garantir a rentabilidade.03 de outubro de 2024 /// 13 minutos de leituraO mofo-branco na soja, um inimigo furtivo nas lavouras, pode dizimar rapidamente a produtividade da sua plantação, levando a perdas financeiras substanciais que afetam não apenas a sua produção atual, mas também a viabilidade futura do seu cultivo.
É importante entender como esse problema pode ameaçar seriamente seu plantio e aprender métodos eficazes para combater essa doença silenciosa antes que ela comprometa sua produção.
Vamos equipá-lo com técnicas detalhadas para identificar rapidamente os primeiros sinais, implementar medidas preventivas eficazes e aplicar métodos de controle que têm provado aumentar a produtividade e rentabilidade das lavouras de soja.
O que é mofo-branco e como afeta a cultura da soja?
O fungo, também conhecido como podridão-branca-da-haste, é uma doença causada pelo Sclerotinia sclerotiorum. Ele habita o solo e infecta a soja em diferentes estágios de desenvolvimento, especialmente durante a floração e formação de vagens.
O fungo afeta a cultura da soja de diversas formas:
Redução da produtividade: impacta significativamente a lavoura, reduzindo a produtividade pela queda prematura de folhas, afetando a capacidade de fotossíntese e, consequentemente, o desenvolvimento da planta.
Prejuízo na qualidade dos grãos: a qualidade dos grãos também é prejudicada, por apresentarem menor peso e teor de óleo, além de vagens apodrecidas que comprometem ainda mais a produção.
Dificuldade no manejo: a capacidade do fungo de sobreviver no solo por longos períodos, a ausência de cultivares com resistência total e a necessidade de integrar diferentes estratégias de controle tornam o manejo um desafio para os agricultores.
Veja mais: Conheça as 9 principais doenças e pragas da soja
Quais os sintomas do mofo-branco na soja?
O mofo-branco gera sintomas perceptíveis na soja. Saiba quais são e como identificá-los.
Lesões nas hastes e ramos
As primeiras manifestações costumam surgir como manchas encharcadas de coloração marrom-clara nas hastes e ramos da planta. Com o tempo, essas lesões evoluem para um fungo branco e cotonoso, que recobre a área afetada e pode causar o estrangulamento dos tecidos, impedindo o fluxo de nutrientes, enfraquecendo a planta e tornando-a mais suscetível ao tombamento e à quebra.
Além disso, a perda de folhas e o apodrecimento de vagens comprometem a capacidade de se desenvolver e produzir grãos saudáveis.
Murcha e seca das folhas
As folhas localizadas acima das lesões nas hastes e ramos começam a murchar, secar e cair prematuramente. Essa queda reduz a capacidade de realizar fotossíntese, comprometendo seu desenvolvimento e produção.
Apodrecimento de vagens
Quando este fungo ataca as vagens da soja, ele deixa manchas marrons distintas que levam ao apodrecimento rápido. Isso não apenas diminui o peso e o teor de óleo, mas também pode torná-los completamente impróprios para o mercado, resultando em perdas econômicas para os agricultores.
Ciclo de vida e condições favoráveis ao desenvolvimento mofo-branco na soja
Conheça o ciclo de vida dessa praga para entender como funciona cada estágio!
Ciclo de vida
Sobrevivência: o fungo sobrevive no solo na forma de escleródios, estruturas de resistência semelhantes a grãos de arroz, que podem permanecer viáveis por vários anos.
Germinação: em condições favoráveis de umidade e temperatura, os escleródios germinam e produzem apotécios, estruturas em forma de taça que liberam esporos (ascósporos).
Dispersão: os ascósporos são carregados pelo vento e pela chuva, atingindo as plantas de soja e iniciando o processo de infecção.
Infecção: eles germinam sobre os tecidos, penetrando por meio de aberturas naturais ou ferimentos.
Colonização: o fungo se desenvolve na planta, causando lesões e produzindo micélio, sendo a parte vegetativa.
Condições favoráveis
Umidade: ele se desenvolve em condições de alta umidade, tanto no solo quanto no ar.
Temperatura: seu desenvolvimento é favorecido por condições de temperaturas amenas, entre 15 °C e 25 °C.
Presença de ferimentos: ferimentos nas plantas, causados por insetos, granizo ou práticas culturais, facilitam a entrada e aumentam a suscetibilidade à doença.
Como tratar o mofo-branco na soja?
O mofo-branco é uma das principais ameaças à produtividade da soja, e seu controle eficiente é essencial para garantir uma colheita saudável. A seguir, apresentamos estratégias práticas para lidar com essa doença.
Avaliação da severidade
Após a coleta das plantas, a severidade da doença é avaliada por meio da observação visual dos sintomas, como lesões nas hastes, murcha das folhas e apodrecimento de vagens. Existem escalas diagramáticas que auxiliam na quantificação da severidade, permitindo estimar a porcentagem de área da planta afetada.
Contagem de escleródios
A contagem de escleródios no solo é outra técnica utilizada para avaliar a pressão da doença. Ela é feita em amostras de solo coletadas em diferentes pontos da lavoura, permitindo estimar a quantidade de escleródios por área e o risco de ocorrência.
Monitoramento climático
O monitoramento das condições climáticas, como temperatura e umidade, é fundamental para prever o risco de desenvolvimento do mofo. Existem modelos de previsão que utilizam dados climáticos para estimar a probabilidade, auxiliando o agricultor na tomada de decisão sobre a necessidade de medidas de controle.
Prevenção e manejo do mofo-branco na soja
Para garantir uma colheita saudável e rentável, adote técnicas estratégicas. A seguir, apresentamos métodos de prevenção e controle dessa doença.
Prevenção
Rotação de culturas: a rotação de culturas com espécies não hospedeiras, como gramíneas, reduz a quantidade de inóculo no solo e diminui a pressão.
Escolha de cultivares resistentes: optar por cultivares de soja com maior tolerância ao mofo pode ajudar a reduzir a incidência e a severidade da doença.
Eliminação de restos culturais: a remoção e a destruição dos restos culturais após a colheita reduzem a sobrevivência.
Adubação equilibrada: uma adubação equilibrada, com foco no fornecimento adequado de potássio, pode fortalecer e aumentar a resistência.
Escolha de áreas com boa drenagem: plantar em áreas com boa drenagem evita o acúmulo de água, favorecendo o desenvolvimento do fungo.
Saiba mais: Como fazer o manejo adequado para controlar doenças e alavancar a produtividade da soja
Manejo
Monitoramento da lavoura
O monitoramento constante da lavoura, incluindo a amostragem em zig-zag, permite identificar os primeiros sintomas e agir rapidamente com medidas de controle. A amostragem em zig-zag consiste em percorrer a lavoura em um padrão de zig-zag, coletando plantas em diferentes pontos para avaliar a incidência.
Controle biológico
A utilização de agentes de controle biológico, como fungos antagonistas, pode auxiliar na redução da população do fungo causador do mofo.
Aplicação de fungicidas
Em situações de alta umidade, temperaturas amenas e histórico da doença na área, a aplicação preventiva de fungicidas específicos, como o Attila® da Agro Bayer, pode ser recomendada por um engenheiro-agrônomo, especialmente durante os períodos de floração e formação de vagens.
A aplicação deve ser feita preventivamente, antes do aparecimento dos sintomas, e seguindo as recomendações.
Manejo integrado de pragas
O controle de pragas que causam ferimentos, como lagartas e percevejos, reduz a entrada do fungo e a suscetibilidade.
Enfrentar ele requer uma combinação estratégica de monitoramento cuidadoso, escolha de cultivares resistentes e aplicação oportuna de fungicidas. Agricultores que implementam essas práticas notam uma diminuição significativa nos danos causados, assegurando não apenas a saúde, mas também o retorno financeiro da safra.
A Agro Bayer oferece o fungicida Attila®, uma solução inovadora para o manejo do mofo-branco. Ele possui ação sistêmica e protetora, auxiliando na prevenção e no controle, além de contribuir para o aumento da produtividade. Proteja sua soja e garanta uma colheita abundante e lucrativa.
Gostou do conteúdo? Aprenda mais sobre o manejo de pragas com a Agro Bayer!