Demanda por defensivos e fertilizantes aumenta na safra 2023/24
Confira as perspectivas para consumo e preços dos insumos agrícolas na próxima temporada, entre outros destaques do agro09 de fevereiro de 2024 /// 10 minutos de leituraA área tratada com defensivos agrícolas no Brasil deve aumentar 3,7% na temporada 2023/24, em comparação com o ciclo passado. É o que aponta uma pesquisa encomendada pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg). Esse aumento pode ser explicado, principalmente, pela ampliação de 2,7% na área plantada com soja no país - ficando em 45,2 milhões de hectares -, além das condições climáticas durante a safra, que favoreceram a incidência de pragas e doenças.
O alto volume de chuvas em algumas regiões do Sul elevou a pressão de doenças fúngicas e a falta de precipitações contribuiu para a infestação por pragas no Centro-Oeste. Enquanto isso, a entrega de fertilizantes também foi maior: entre janeiro e novembro do ano passado, o volume teve alta anual de quase 12%, fechando em 42 milhões de toneladas, segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).
Esse crescimento se justifica pela relação de troca mais favorável aos produtores, com preços menores do que os praticados em 2022. Isso também é consequência do fenômeno climático El Niño, que aumentou a demanda por esses produtos. Apesar disso, as incertezas em relação ao plantio da segunda safra ainda permanecem.
O gasto médio dos agricultores com insumos agrícolas deve retomar os patamares anteriores à pandemia, porque os preços dos principais produtos estão em declínio. Nas safras anteriores, os custos com esses produtos foram afetados pelo aumento com frete, despesas de importação e disponibilidade, tanto de contêineres quanto de matérias-primas.
O professor Marcos Fava Neves comenta as perspectivas para os insumos nesta safra: "Podemos esperar um pouco mais de previsibilidade do mercado de insumos. Na safra 2022/23 todo mundo correu para comprar antes porque os preços subiram e havia expectativa de não ter produto. Já na safra atual, os produtores deixaram para comprar no final, criando um problema muito grande nas cadeias de suprimentos, mas os custos de produção estão menores. Acredito que na safra 2024/25 também teremos uma estabilidade e preços mais ou menos como estão atualmente."
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Giro de notícias
Mais de 95 milhões de toneladas de soja da temporada 2023/24 ainda não foram negociadas e os baixos preços desestimulam as operações. Além disso, existem preocupações de que o volume de vendas se concentre entre março e abril.
A agricultura no Rio Grande do Sul é afetada pela seca após o atraso no início do plantio, devido ao excesso de chuvas. Produtores gaúchos relatam que as perdas podem atingir de 10% a 15% da produtividade.
O preço da laranja de mesa é recorde no mercado. O valor da caixa chegou perto de R$79, 16% acima de dezembro de 2023 e 90% superior ao preço de janeiro do mesmo ano.
Foi dada a largada para os grandes eventos do agro!
Começou o calendário de grandes eventos do agro! Nesta semana, entre os dias 5 e 9 de fevereiro, aconteceu o Show Rural Coopavel, na cidade de Cascavel, no Paraná. A Bayer também esteve na feira com um leque integrado de inovações, ferramentas digitais e novos modelos de negócio.
"É uma ótima oportunidade para o agricultor conversar com a nossa equipe, para que a gente possa apresentar o que há de mais novo no mercado. E também para a gente tomar aquele cafezinho e bater um papo com você, nosso amigo agricultor", diz Vinícius Faião, diretor de Experiência do Cliente na Bayer.
Uma das novidades apresentadas foi o lançamento do Aplicativo Agro Bayer. Agora, os clientes cadastrados no maior programa de fidelidade do agronegócio brasileiro também terão mais esta ferramenta de oportunidades.
"Nas feiras, temos a oportunidade de interagir com centenas de milhares de clientes - e esse é o nosso propósito. As diversas soluções desenvolvidas pela Bayer só fazem sentido se forem usadas pelo cliente da maneira correta, para que elas revertam em mais produtividade e mais sustentabilidade. Investimos em pesquisa e inovação porque acreditamos que essa é a forma pela qual vamos ajudar os produtores brasileiros a produzir cada vez mais alimentos, usando recursos de maneira otimizada", acrescentou Marcio Santos, vice-presidente comercial na divisão agrícola da Bayer.
Inteligência artificial e o futuro do campo
A agenda da semana contou, ainda, com um evento promovido pela Bayer em parceria com a Microsoft, entre os dias 5 e 7 de fevereiro, em São Paulo. O objetivo era discutir o futuro do agronegócio com foco nos desafios dos produtores.
"Durante o hackathon, desenvolvemos uma série de sistemas para gerar recomendações personalizadas de produtos da Bayer, baseadas em dados históricos e nas condições climáticas de cada fazenda. Com isso, os agricultores podem aumentar a produtividade, reduzir o uso de produtos químicos, prever pragas e doenças, além de otimizar o manejo de solo e de água, entre outros benefícios", conta Fabio Hara, arquiteto da Microsoft Brasil.
Profissionais das duas empresas desenvolveram diferentes soluções e, ao final do evento, foram reconhecidos os melhores trabalhos que otimizam os processos no campo. A inteligência artificial generativa foi uma das tendências que contribuíram para o dia a dia do agricultor.
"Nesses dias intensos foi possível perceber a força que tem a combinação do nosso conhecimento em agricultura com a tecnologia avançada da Microsoft. Pudemos ver várias soluções incríveis sendo criadas com uso da inteligência artificial generativa e que mostraram grande potencial para revolucionar a agricultura. Eu acredito que essa colaboração vai abrir uma série de portas para uma nova era no campo", finaliza Thiago Bortoli, líder de novos modelos de negócios na Bayer.