Bicho-mineiro-do-café (Leucoptera coffeella)
O bicho-mineiro das folhas é considerado a principal praga na cultura do café entre os estados do cerrado mineiro, na Mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Trata-se de uma pequena mariposa, que na fase de lagarta se alimenta das folhas, abrindo galerias ou simplesmente as minas, onde se aloja e se desenvolve, dando nome à praga. É necessário realizar o monitoramento e o controle dessa praga praticamente todo o ciclo do café, para evitar perdas e obter uma boa produtividade.
O ciclo de vida do patógeno pode variar de 19 a 87 dias, sofrendo muita influência das condições climáticas. O clima quente é responsável pelo encurtamento do ciclo de vida do inseto. Quanto menor o ciclo, maior é o número de gerações na mesma safra, resultando em grandes populações responsáveis por maiores danos e perdas de produtividade.
Fonte: Embrapa, 2012.
Fase Duração (dias)
- Ovo 5 a 21
- Lagarta 9 a 40
- Crisálida 5 a 26
As galerias e minas que são abertas pelo bicho-mineiro (Figura 1) ocasionam perda de área foliar e, posteriormente, podem induzir desfolha precoce. Quanto maior a infestação maiores os danos, podendo ocorrer 100% de desfolha na ausência de controle e drásticas reduções de produtividade (superior a 50%).
Figura 1. Minas causadas pelo bicho-mineiro em folhas de café. Fonte: Elevagro.
O controle realizado no início da infestação, se mostra mais eficiente tanto com as ferramentas químicas quanto com as biológicas. Para isso, é fundamental as ferramentas de controle nos momentos certos, utilizando monitoramento constante. O clima exerce influência significativa na dinâmica populacional, em épocas chuvosas a população decresce, e em épocas secas a população aumenta vertiginosamente, dificultando o controle caso o posicionamento for atrasado.
O monitoramento é a chave para o sucesso do controle. As lavouras devem ser vistoriadas periodicamente, principalmente aquelas de maior risco e em regiões de histórico de ocorrência da praga, mais expostas ao vento em áreas mais altas. No monitoramento, deve ser vistoriada a presença de ovos nas folhas, a presença de mariposas prateadas e a quantidade de folhas atacadas no terço médio/superior das plantas.
O controle químico é realizado com o uso de inseticidas sistêmicos em aplicações sequenciais. Deve ser dada a preferência para inseticidas específicos e mais seletivos, visando preservar a gama de inimigos naturais.
Para o controle biológico, podem ser usadas vespas predadoras e bactérias, como a Erwinia herbicola e Pseudomonas aeruginosa. A utilização destes organismos podem auxiliar inseridos em um manejo integrado das pragas.