Reta final na safra da soja: colheita ganha ritmo no Brasil
Comercialização do grão está menor em comparação com 2021; saiba se é hora de vender. Veja também a cobertura da Expodireto Cotrijal e os novos eventos do agro pelo país21 de julho de 2022 /// 3 minutos de leituraComo anda a safra 2022 da soja no Brasil? Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita da soja alcançou 52,5% de progresso até o dia 5 de março, valor superior aos 38% registrados na mesma data de 2021. Entre os principais estados produtores de soja, Goiás se encontra na 3ª posição em termos de avanços, com 67% das áreas colhidas. Em segundo lugar está o Mato Grosso do Sul, com 79% de progresso. Na primeira posição, o Mato Grosso, líder também em produção, já colheu 91% de todas as áreas plantadas no estado.
Na outra ponta, o Rio Grande do Sul é o que menos avançou com a colheita da soja: apenas 3% de progresso até então. Vale lembrar que o estado registrou fortes secas e perdas nas lavouras este ano, o que afeta diretamente esse desempenho.
Em termos de comercialização, a consultoria Safras & Mercado estima que, até o início de março, 48,5% de toda a produção de soja na safra 2021/22 havia sido vendida, um ritmo mais lento do que no ciclo passado. Há um ano, quase 63% da leguminosa colhida no país já tinha sido comercializada.
No elo das exportações, o ritmo segue acelerado. Entre os meses de setembro de 2021 – quando a safra começou a ser plantada – e janeiro de 2022, os embarques do complexo soja (que incluem o grão, o farelo e o óleo) já somaram 24 milhões de toneladas, crescimento de 60% em comparação com o mesmo período da safra passada, quando os volumes vendidos foram de quase 15 milhões de toneladas.
O professor Marcos Fava Neves comenta se é a melhor hora para vender a soja. Na opinião dele, há muitas variáveis influenciando essa decisão, mas o especialista acredita que é indicado fazer uma venda antecipada de parte do grão. "Com a soja a preços altos, uma situação geopolítica que pode se acalmar e também uma mega safra vindo dos Estados Unidos, desde que haja disponibilidade de fertilizantes e defensivos, vale vender um pouco da produção", analisa o DoutorAgro.
Ainda falando sobre soja, na próxima safra verão, ciclo 2022/23, o produtor que plantar pelo menos 10% da área da sua propriedade com cultivares Intacta2 Xtend® ou Refúgio Xtend® ganhará 15 reais por hectare de cashback sobre todas as tecnologias Intacta plantadas: Intacta2 Xtend, Refúgio Xtend® e Intacta RR2 Pro. Para conferir o regulamento completo da campanha, é só procurar o parceiro comercial ou representante técnico de venda Bayer da sua região.
Eventos do agro pelo Brasil
Nesta semana, está acontecendo a 22ª edição da Expodireto Cotrijal , em Não Me Toque, no Rio Grande do Sul. A feira é uma das maiores do agronegócio brasileiro. O evento conta com um estande especial da Bayer, além da presença do time e das lideranças da empresa. Vinicíus Faião, Diretor de Experiência do Cliente, fala sobre a presença da Bayer no evento. "Aqui em nosso Espaço Bayer, o agricultor terá a oportunidade de ver produtos, inovações, soluções, serviços e nossa tecnologia de agricultura digital, tudo para que o nosso cliente possa se desafiar cada vez mais a ter melhores produtividades, de maneira sustentável, para evoluirmos na agricultura brasileira", conta Faião.
Ele destaca ainda que a experiência do estande é a mesma que o produtor vai encontrar no ambiente digital do Espaço Bayer. Assim, quem não puder comparecer à Expodireto Cotrijal, poderá acessar todos os serviços, produtos e as tecnologias Bayer pelo site.
Além disso, a Bayer levou à feira inovações não apenas relacionadas aos insumos tradicionais. O Diretor de Marketing, Fábio Prata, explica que também estão apresentando modelos de negócios inovadores. "Um exemplo é baseado na densidade de semente de híbridos de milho por hectare. O produtor que utiliza a nossa plataforma digital Climate FieldView™ tem sua área mapeada e é possível entender onde variar, colocar mais sementes de um determinado híbrido por hectare. Sabemos que a população de sementes é o que define a produção, com base nisso, conseguimos fazer recomendações personalizadas para o agricultor. O modelo de negócio está no fato de que aquilo que o agricultor comprar a mais de semente, se ele não tiver retorno, terá essa semente ressarcida na próxima safra."
Malu Nachreiner, presidente da Bayer no Brasil, também reforça que, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no último dia 8 de março, o estande está com diversas ativações para reconhecer as mulheres que fazem diferença no campo e na agricultura brasileira.
E os eventos do agro não param. Na próxima semana, entre os dias 15 e 19 de março, também acontece a Farm Show 2022, em Primavera do Leste, Mato Grosso. A feira já é uma das principais vitrines tecnológicas do agro no Centro-Oeste do Brasil. O horário de visitação é das 8h às 18h. A Bayer estará presente com um estande para apresentar todas as novidades e inovações aos produtores. Para mais informações, é só acessar o site do evento.
Outras notícias do agro
As exportações brasileiras de trigo superaram 1,6 milhão de toneladas nos dois primeiros meses de 2022. Os embarques já são 46% maiores que o registrado nos 12 meses de 2021, resultado da alta demanda do cereal no mercado global (fonte: Associação Nacional dos Exportadores de Cereais).
Outro destaque é o índice de preços de alimentos da FAO, que alcançou 140,7 pontos em fevereiro, o maior valor da história. O resultado é 23% superior ao que foi registrado no mesmo mês de 2021. As maiores altas vieram de óleos vegetais e produtos lácteos (fonte: Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação).
Por fim, uma pesquisa da CNA aponta que apenas 14% dos cafeicultores brasileiros já aderiram ao seguro rural nesta safra. O estudo também mostrou que 75% dos produtores entrevistados tiveram a produção afetada pela falta de chuvas (fonte: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).
Para a próxima semana, o DoutorAgro sugere ficar de olho no preço do petróleo; nas questões geopolíticas; nas performances de plantio e colheita; na incidência do clima; no comportamento dos americanos em relação às áreas que começarão a cultivar.