Plantio direto: a importância para o agro!

O plantio direto, técnica que revolucionou o manejo agrícola tropical em todo o mundo, completa 50 anos de uso no Brasil.

Essa prática surgiu nos anos 1970, em um contexto em que os sistemas de produção ainda seguiam o modelo europeu, baseado no intenso revolvimento do solo. Com o avanço da mecanização agrícola, entretanto, esse modelo mostrou-se incompatível com as condições brasileiras: o rápido processo de erosão, especialmente no Paraná, passou a comprometer a produção agrícola e a sustentabilidade das lavouras.

Diante desse cenário, produtores paranaenses decidiram adotar o sistema de plantio direto, marcando o início de uma transformação produtiva no país.

Os três princípios que caracterizam o plantio direto são:

• Mínimo revolvimento do solo, restrito apenas à linha de semeadura;
• Rotação de culturas, com integração ou não da lavoura-pecuária;
• Cobertura vegetal permanente, conhecida como palhada, garantida pelo uso de culturas de cobertura ou pelos resíduos das lavouras anteriores.

Mais do que uma técnica, o plantio direto representa um marco na agricultura brasileira.

Benefícios do plantio direto

Além de proteger o solo contra a erosão, o plantio direto oferece diversos outros benefícios para a agricultura, entre eles:

• Redução dos custos de produção, com menor consumo de diesel e maior eficiência operacional;
• Melhoria da fertilidade do solo, especialmente pelo aumento do teor de matéria orgânica;
• Melhor condicionamento físico do solo, favorecendo a estruturação dos agregados e sua maior estabilidade;
• Diversificação do sistema produtivo, o que reduz riscos típicos da atividade agrícola;
• Maior retenção de umidade, garantindo resiliência e estabilidade produtiva das lavouras condições de estresse hídrico por escasez;
• Incorporação de leguminosas em sucessão ou rotação de culturas, proporcionando vantagens como a fixação biológica de nitrogênio e a economia no uso de fertilizantes minerais.

Todas essas vantagens ajudam a construir um sistema agrícola mais resiliente e capaz de garantir maior rendimento das culturas ao longo do tempo. No entanto, para alcançar resultados consistentes, é fundamental um planejamento adequado para a implantação do sistema de plantio direto, considerando as condições locais e as particularidades de cada propriedade.

Como implantar o plantio direto na sua lavoura?

O sistema de plantio direto exige um acompanhamento rigoroso de pragas, doenças e plantas daninhas, além de atenção especial ao manejo de fertilizantes e às modificações causadas no ambiente, conforme orientações da Embrapa.

Antes da implantação do plantio direto, é fundamental eliminar camadas compactadas do solo, realizando avaliação em profundidade de, no mínimo, 30 a 40 centímetros. Também é necessário observar o relevo local, corrigir a acidez tanto em superfície quanto em subsuperfície e garantir o equilíbrio da fertilidade do solo.

Outro ponto é manter os restos culturais cobrindo pelo menos 80% da superfície, assegurando cerca de sete toneladas por hectare de matéria seca para uma cobertura do solo. Além disso, as plantas daninhas precisam ser identificadas previamente e receber controle específico antes de iniciar o plantio direto.

A importância de Roundup para o plantio direto

O herbicida Roundup® completa 50 anos de mercado, protegendo lavouras em todo o mundo. Pioneiro na síntese do glifosato, é voltado ao controle eficaz de plantas daninhas.

“O Roundup® teve um papel importante no sistema de plantio direto. É um produto altamente eficiente contra plantas daninhas de folhas largas e estreitas, além de auxiliar no manejo das coberturas vegetais, um dos princípios básicos dessa prática. Sua utilização representou um grande avanço na redução da erosão”, destaca Carlos Henrique Dalmazzo, agrônomo de desenvolvimento de mercado da Bayer.

Antes do glifosato, o revolvimento do solo era a principal estratégia de controle de plantas daninhas. Com a eficiência do herbicida, esse manejo deixou de ser necessário. Em apenas um ano após sua introdução, a área de plantio direto no Brasil avançou mais de 400%.

"Outro impacto foi a sucessão de cultivos, com a oportunidade, por exemplo, do Cerrado brasileiro fazer duas ou até três safras sucessivas, o que não era possível no manejo tradicional de lavrar e gradear o solo", acrescenta o profissional da Bayer.

Do fornecimento da matéria-prima à síntese do produto final, todo o processo de fabricação de Roundup® ocorre no Brasil, garantindo qualidade, rastreabilidade e segurança em toda a cadeia produtiva.